Foz do Iguaçu – O Hospital Municipal de Foz do Iguaçu registrou lotação máxima da ala de UTIs covid ontem, pelo segundo dia seguido. De acordo com o diretor da unidade, Sérgio Fabriz, todos os 50 leitos estavam ocupados e havia pelo menos três pacientes aguardando vagas durante a tarde. Eles seriam transferidos pela macrorregional para outros hospitais da região.
Conforme o diretor, o aumento de internamentos está ligado à falta de consciência da população em relação aos cuidados sanitários necessários para evitar o contágio da doença e também à demora dos pacientes em buscar ajuda. “São duas questões: a primeira é de que as pessoas têm demorado para procurar atendimento, chegando em estado mais crítico. E a segunda é a falta de responsabilidade de pessoas que continuam realizando festas clandestinas, ignorando todas as medidas de segurança sanitária”, alerta Fabriz.
Outro fator observado e que causa preocupação é o aumento do internamento de pacientes mais jovens, com menos de 50 anos, que vêm sendo acometidos pela doença e que apresentam complicações.
No Paraná, a taxa de ocupação das UTIs registrou queda de dois pontos percentuais e ontem estava em 79%. Dos 1.234 leitos, 266 estavam livres.
Na Macrorregional Oeste, a redução foi de quatro pontos e a taxa ficou em 71%. Das 204 UTIs, 59 estavam livres.
Secretaria de Saúde revisa definição de casos
A Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu informou ontem que os casos de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave associados à anosmia – perda de olfato – ou ageusia – perda de paladar aguda, sem causa anterior – serão automaticamente classificados como positivos para covid-19 e receberão a prescrição de tratamento para a doença.
Também serão considerados como positivos casos de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda de pessoas com histórico de contato próximo ou domiciliar com casos confirmados para covid-19 nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sintomas.
Nesses casos, não será mais necessária a coleta de exames para diagnóstico da covid-19 e deverá ser seguido o mesmo protocolo de notificação e isolamento para casos confirmados da doença.
A secretaria esclarece que a definição foi revisada em virtude desses casos serem muito frequentes e a maior parte dos exames ter apontado que eram relacionados à covid-19.