Cascavel – Com objetivo de ampliar a imunização de crianças, adolescentes e jovens matriculados nas mais de 3,2 mil instituições de ensino estaduais e municipais de todas as cidades do estado, uma verdadeira “força-tarefa” será realizada a partir desta segunda-feira (5) por meio de um trabalho conjunto entre a Seed (Secretaria Estadual de Educação) e a Sesa (Secretaria Estadual de Saúde). Profissionais de saúde farão a vacinação dentro da instituição escolar.
A proposta é que as equipes facilitem e aproximem a imunização dos estudantes, que poderão atualizar as suas carteiras de vacinação e reforçar a proteção contra diversas doenças. A aplicação dos imunizantes será realizada até o dia 16 de agosto, com foco na vacina contra a Influenza, mas os alunos também poderão atualizar outras vacinas, como a pentavalente, pneumocócica 10, poliomielite, DTP e HPV, que previnem, entre outras doenças, coqueluche, difteria, tétano e hepatite B.
A imunização será realizada dentro das instituições de ensino e está condicionada à assinatura do termo de consentimento pelos pais ou responsáveis. Os pais receberão os documentos das escolas em que seus filhos estão matriculados, que deverá ser assinado indicando a concordância ou não com a aplicação em seus filhos e eles também vão poder acompanhar o processo presencialmente nas instituições de ensino.
“Após a assinatura, o documento deverá ser devolvido à escola pelo estudante, que em caso de aprovação deverá levar também a carteira de vacinação”, esclareceu. “Na rede estadual, será a maior campanha da história”, disse o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. As equipes de saúde avaliarão a carteirinha do estudante para determinar quais vacinas ele poderá receber.
Campanha
A ação integra a campanha de vacinação “Proteja seu filho em cada fase da vida – Caderneta de vacinação em dia é saúde a vida inteira”, iniciada pelo Poder Executivo estadual em julho. Ela também conta com o apoio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná. O imunizante da influenza estará integralmente disponível durante a campanha nas escolas. Outros imunizantes serão considerados a partir da verificação da carteirinha vacinal dos estudantes e poderão variar de acordo com a disponibilidade nas instituições de ensino, a depender da estratégia de distribuição adotada pela Sesa.
Segundo o secretário estadual da Saúde, César Neves, apesar do Paraná ser um dos estados com maior cobertura vacinal do Brasil, contando com mais de 1,8 mil salas de vacinação espalhadas pelo Estado, a população não pode descuidar da prevenção. “Vamos atuar inclusive nas creches, berçários, visando à máxima proteção das crianças”, salientou.
Cascavel
Em Cascavel, a vacinação não vai iniciar na segunda-feira (5) e segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), uma reunião será realizada no começo da semana para acertar os detalhes e a logística da vacinação. O Município já realizou uma força-tarefa em julho quando levou a vacinação para cerca de 700 crianças menores de 5 anos nas suas casas, imunizando contra a pólio e o sarampo. A ação será realizada até o dia 15 com cerca de
200 profissionais da Saúde, sendo que caso a criança ainda não esteja imunizada, a aplicação da dose será realizada na própria residência.
Segundo os dados do PMI (Programa Municipal de Imunização), atualmente a vacina contra o sarampo de segunda dose é a que tem a menor taxa de cobertura do Município com 51,65%, sendo que esta é aplicada aos 15 meses de vida. A pólio injetável está com 90,33% e a oral está com 85,48% de imunização.
A coordenadora do PMI, Ana Carolina Rossin, disse que ambas as vacinas são comprovadamente eficazes e garantem a proteção dos pequenos contra essas doenças que podem levar à morte e que, a vacina é um direto da criança. Cada unidade de saúde vai definir as crianças no próprio território de atuação num processo aleatório.
Para garantir a segurança do processo, os profissionais da saúde estarão identificados e em caso de qualquer dúvida podem acionar o PMI (Programa Municipal de Imunização) pelo telefone (45) 3392-6404.
“Os resultados vão auxiliar na avaliação do risco de exposição da população às doenças imunopreveníveis em questão e mapear áreas com pessoas suscetíveis pela não vacinação, possibilitando a implementação de ações corretivas para elevar as coberturas vacinais nessas áreas”, observou Rossin.