SAÚDE

Empresa ganha mais cinco meses para terminar a obra do Hospital de Retaguarda

A ampliação do centro cirúrgico do Hospital de Cascavel enfrenta novos prazos. Descubra os detalhes dessa obra importante - Foto: Secom
A ampliação do centro cirúrgico do Hospital de Cascavel enfrenta novos prazos. Descubra os detalhes dessa obra importante - Foto: Secom

Cascavel - A obra de ampliação do centro cirúrgico do Hospital de Retaguarda Allan Brame Pinho – importante suporte para a saúde pública municipal – era para terminar no fim de abril deste ano, mas com 50% de andamento, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ampliou o prazo com previsão de entrega para o dia 29 de setembro, ou seja, mais cinco meses para que a empresa consiga concluir. O prédio já passou por uma reforma há alguns anos, principalmente no telhado que apresentou muitas goteiras.

Foto: Secom

A prorrogação foi publicada no Diário Oficial do Município, mas mesmo com esse novo prazo a empresa terá que correr contra o tempo para entregar a obra dentro da data prevista. Os trabalhos dentro da instituição hospitalar estão concentrados na cobertura de uma laje antiga, que sofre com infiltrações, e no reboco das paredes internas. A obra está sendo executada pela empresa Costa Oeste Construções, sediada em Cascavel.

Demanda

De acordo com o diretor do Hospital de Retaguarda, o médico Lísias de Araújo Tomé, a obra é uma construção de três pavimentos e, com isso, serão implantados mais 24 leitos para cirurgias de baixa e média complexidade, ou seja, cirurgias de fratura de fêmur, fratura de braço, essas cirurgias de baixa e média complexidade em ortopedia, que hoje lotam os corredores do HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná).

“Essas cirurgias serão trazidas para o Retaguarda, assim que o Centro Cirúrgico estiver pronto, já que a ideia é deixar o HUOP com as cirurgias de alta complexidade, já que hoje ele acaba estando lotado justamente por esta demanda”, descreveu. Para Tomé, esta mudança de fluxo trará um grande benefício já que vai distribuir melhor as cirurgias com a intenção de desafogar o pronto-socorro do HUOP, que tem 33 leitos, mas que sempre está operando com, pelo menos, o dobro da capacidade.

Mudanças no projeto

Sobre o atraso da obra o médico disse que tiveram algumas adaptações no projeto, o que é normal em obra pública, mas que ele acompanha diariamente e ela está seguindo bem. Atualmente, o hospital tem 60 leitos, sendo que 10 leitos são de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 50 de enfermaria, o que depois de pronto passará a 84 leitos – mas os novos focados para as cirurgias.

Outro anúncio é que depois de pronto eles devem organizar mutirões para avançar na fila das cirurgias eletivas. Na semana passada em visita a Cascavel, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto anunciou a liberação de mais R$ 5 milhões para compra de equipamento. Em fevereiro ele já havia anunciado R$ 2 milhões para equipamentos, além dos quase R$ 7 milhões que foram destinados para a construção do novo centro cirúrgico.

“A estrutura será extremamente importante pra Cascavel e pra toda a região e também para o Estado, isso que é o objetivo de todos”, reforçou.

O Hospital está em obras desde abril do ano passado.

Histórico

A intenção quando o hospital foi criado em 2020, era de diminuir a espera por leito hospitalar de pacientes que necessitavam de internamento nas UPA’s (Unidade de Pronto Atendimento), mas foi muito utilizado na sequência para os atendimentos durante a pandemia da Covid-19 e, no ano passado, para a epidemia de dengue. Além disso, o prédio já abrigou a UPA Brasília e o antigo Hospital Santa Catarina.