O diretor-geral da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, falou ontem sobre as viagens de ministros das altas cortes para a Europa com a alegação de que fariam cursos para aprimorar o conhecimento jurídico e acabavam esticando a viagem, com passagens custeadas pela usina, inclusive a familiares. A conta passa de R$ 16 milhões.
Silva e Luna foi quem cortou a regalia. A última viagem paga aconteceu em abril. Segundo ele, foi feito um inventário de todos os convênios e os contratos para questionar a “qualidade da despesa”. Questionado se esses gastos seriam auditados, não disse nem sim nem não. Já a assessora que acompanhava o diretor confirmou a auditoria.
Mais a fundo…
O general foi mais político e disse que a Itaipu tem uma governança diferente e, como é binacional, não segue normas do TCU (Tribunal de Contas da União): “Embora a gente se oriente [com base nas normas], em algum momento isso será verificado. Há a comprovação das despesas, mas é preciso entender se essa foi a melhor forma a ser utilizada [as verbas]”.