Foz do Iguaçu – As principais entidades do setor produtivo do oeste do Paraná têm intensificado a defesa de projetos de desenvolvimento prioritários para a região com o poder público. As bandeiras mais factuais são a atualização do projeto executivo do ramal da Ferroeste de Cascavel a Foz do Iguaçu e a implantação do novo porto seco trimodal na região norte de Foz.
O movimento é puxado pelo POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), que reúne 54 municípios da região e Mundo Novo (MS). O POD sustenta que ambos os projetos estruturantes são estratégias definitivas para a consolidação da Nova Ferroeste e do Corredor Bioceânico ligando o Porto de Paranaguá ao Porto de Antofagasta, no Chile.
A definição pelos dois projetos ocorreu após debates que reuniram representantes de mais de 60 instituições públicas e privadas, como empresas, cooperativas, entidades de apoio e fomento, sindicatos, associações de classe, universidades e centros de pesquisa e tecnologia que atuam no território. Passo seguinte foi embasar os projetos com estudos técnicos detalhados sobre a viabilidade e a importância das obras estruturantes.
Com o estudo técnico em mãos, o POD entregou recentemente uma moção de apoio aos dois projetos para representantes dos governos federal e estadual. O documento foi repassado em mãos ao governador Carlos Massa Ratinho Junior e ao diretor-geral brasileiro da Itaipu, Joaquim Silva e Luna.
Conforme o presidente do POD, Danilo Vendruscolo, a moção de apoio visa a avançar ainda mais nas ações prioritárias de desenvolvimento. “É necessário resolvermos definitivamente o gargalo de infraestrutura e logística da região, que sem dúvida alguma hoje é o maior fator de estrangulamento do nosso crescimento, impossibilitando que a região exerça todo o seu potencial, há muito represado e prejudicado”.
Vendruscolo ressalta ainda que o Programa Oeste em Desenvolvimento realizou um intenso trabalho de consulta e articulação com as principais lideranças de todas as esferas empresariais, associativistas, cooperativistas e públicas do oeste e do Paraná, “para que fosse possível chegar a um denominador comum e a uma posição coletiva em relação ao tema”.
Estruturantes
A moção de apoio reúne todos os pontos fundamentais, estudos técnicos, pareceres e perspectivas que embasam a decisão do colegiado. O documento apresenta ainda os resultados que serão buscados a partir do avanço das estratégias estabelecidas, ratificadas e assinadas pelos principais líderes do setor produtivo paranaense.
A proposta pretende consolidar o projeto da Nova Ferroeste e do Corredor Bioceânico ligando o Porto de Paranaguá a Encarnación (Paraguai) e a Posadas (Argentina), chegando a Resistência, na província do Chaco (Argentina). Dessa forma conectando-se à malha férrea que leva até o Porto de Antofagasta (Chile). Importante observar que o projeto não inviabiliza o trecho de Maracaju a Paranaguá, que também se mantém dentro das prioridades dos governos e lideranças regionais.
Ainda segundo o presidente do POD, são esperados também diversos impactos positivos para a Ferroeste, como um grande aumento da demanda de transporte por ferrovia, maior robustez do posicionamento estratégico da Ferroeste e mais interesse numa eventual opção de concessão.
Assinatura
A moção de apoio é assinada pelos presidentes do POD, da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná), Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná). Também assinam os dirigentes das cooperativas C Vale, Coopavel, Copacol, Copagril, Frimesa, Lar e Primato.
Integram a lista Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), Acamop (Associação das Câmaras Municipais do Oeste do Paraná). Completam a relação as associações comerciais e conselhos de desenvolvimento de Cascavel, Foz, Marechal Cândido Rondon, Medianeira e Toledo, bem como a Regional Oeste do Sebrae PR e o Conselho Municipal de Turismo de Foz.
Território Integrado
O Programa Oeste em Desenvolvimento é uma ação de governança territorial regional que busca promover o desenvolvimento econômico sustentável do Oeste do Paraná, por meio de sinergia das instituições e integração de iniciativas, projetos e ações. O programa estabelece estratégias de maneira organizada e participativa para a tomada de decisões, sempre buscando ações de capazes de aumentar a competitividade do território.