Política

IPC vai propor expansão urbana

São duas áreas previstas para expansão: uma de 4,47 quilômetros quadrados e a segunda de 0,26 quilômetro quadrado

Mapa demonstra área que será considerada urbana: toda área com linhas iniciando na Avenida das Torres (FAG), atravessando a Barão do Rio Branco, até chegar ao Bairro Interlagos
Mapa demonstra área que será considerada urbana: toda área com linhas iniciando na Avenida das Torres (FAG), atravessando a Barão do Rio Branco, até chegar ao Bairro Interlagos

Reportagem: Josimar Bagatoli

Com deliberação do Concidade (Conselho Municipal da Cidade), o IPC (Instituto de Planejamento de Cascavel) apresentará em breve aos cascavelenses a proposta de expansão do perímetro urbano: medida que enfrenta resistência de defensores da utilização dos lotes baldios.

São duas áreas previstas para expansão: uma de 4,47 quilômetros quadrados a partir dos fundos do Bairro Cancelli, margeando os Bairros Canadá, Brazmadeira e Interlagos, e a segunda de 0,26 quilômetro quadrado nos fundos dos Bairros Parque Verde e Recanto Tropical.

Com esse aumento, estão previstas obras de infraestrutura. Na região do Bairro Brazmadeira consta o prolongamento da Avenida Barão do Rio Branco. Outra obra importante é a execução da Avenida das Torres, que hoje corta apenas o Parque Verde, com três quilômetros, mas tende a se tornar uma das maiores travessias da cidade: há seis quilômetros em fase de aprovação e outros cinco já aprovados, só à espera da execução.

A maior área já possui alguns loteamentos abertos, no entanto, ainda tem uma parte significativa coberta com lavouras agrícolas. Se aprovada, a faixa será considerada uma ZE (Zona de Estruturação), onde predomina o uso para construções habitacionais. Também haverá pequenos territórios usados para ZEA 2 (Zona de Estruturação e Adensamento 2) – para habitações de interesse social.

Dentre as críticas de próprios membros do Concidade está o desrespeito ao Plano Diretor, visto que nele constava expansão predominante na zona oeste de Cascavel. Porém, a implantação do Conjunto Habitacional Rivieira redimensionou todos os estudos já feitos pelo próprio Município, quando em 2014 houve implantação do empreendimento, que recebeu mais de 2 mil famílias.

A área rural que tende a se tornar urbana é consideravelmente grande. Para parâmetro de comparação, tem o mesmo tamanho da área do Bairro Floresta, considerado um dos mais populosos da cidade, com quase 20 mil habitantes. A preocupação é com a criação da necessidade de novos equipamentos públicos, como UBSs (Unidades Básicas de Saúde), Cmeis (Centros Municipais de Educação Infantil), parques e escolas, além de serviços de transporte público, limpeza de vias e recolhimento de lixo.