A ideia de um projeto de lei que proíba a soltura de fogos de artifício com estampido ou estrondo em Cascavel ganhou o apoio da maioria dos participantes da audiência pública realizada na Câmara Municipal na tarde desta quinta-feira (31). Promovida pelo vereador Serginho Ribeiro (PDT), que deve também liderar a elaboração do projeto, a audiência reuniu população, autoridades e representantes da sociedade civil organizada.
Além de Serginho, participaram os vereadores Fernando Hallberg (PDT), Policial Madril (PMB), Rafael Brugnerotto (PSB) e Mazutti (PSL).
O encaminhamento principal definido pela audiência, que era a regulamentação da soltura desse tipo de fogos, obteve mais de dois terços dos votos: 48 contra 23. A outra decisão foi aprovada por unanimidade: a realização de campanhas educativas sobre o uso correto e seguro dos fogos de artifício.
A principal defensora da proposta de proibição dos fogos barulhentos foi Eveline Paludo, presidente da ONG Sou Amigo. “Quando se trata de pessoas e animais com hipersensibilidade auditiva, o barulho excessivo não é apenas um incômodo: ele causa dor e sofrimento, é uma tortura”, disse ela.
Por outro lado, Eduardo Yasue, diretor-presidente da Associação Brasileira de Pirotecnia (Assobrap), aponta o que, em sua opinião, inviabilizaria a proibição. “Devido às cargas de propulsão e de abertura, não existe artefato pirotécnico sem ruído ou estampido”, explicou ele.