Opinião

Vencer e ou peder

JULIANO GAZOLA
Destaco a importância de uma abordagem realista e comprometida com o trabalho, combinando aspirações financeiras

Vencer e ou perder, eis a questão.

Imagine que você irá participar de uma competição, e seus competidores sejam crianças de 8 anos, sem nenhum tipo de superdotação. E nesta competição, os desafios lançados estão voltados a atividades e demandas de adultos, como você.

Você ficou em primeiro lugar.

Você ficaria feliz com este primeiro lugar? Ainda, na hora de você receber a medalha, quem irá entregar, foi o último prêmio Nobel. Você receberia feliz esta medalha?

Ganho sem esforço leva a um sentimento natural de culpa.

A história que comecei é absurda, mas existem muitas pessoas que enchem a mente com prazer sem esforço. Um exemplo disto, são os viciados.

Seja vício em pornografia, drogas, jogos, internet. Ou seja, tudo que mexe com o sistema de recompensa do seu cérebro.

Por mais culpa que possamos sentir, o cérebro vai combatê-la com fonte de prazer, atuando com remédio para a dor da culpa.

O nojo de si mesmo está presente no dia a dia de um viciado em algo e, discursos morais, muitas vezes não surtem efeito nenhum, pois a culpa já é algo que ele possui.

Para sair deste deserto é necessário aprender a regra número 1: Não existe prazer sem sacrifício.

Não se esforçar para obter prazer, vai te sacrificar com a dor da culpa e isto, irá o acompanhar por toda sua passagem por aqui.

Pequenos mimos a você mesmo, precisa sempre de justificativas e viram eternas fontes de pequenas culpas?

Que exercícios você pode fazer para por um fim em seus maus hábitos?

Para que eu e você possamos obter uma consciência tranquila, é necessário um grande esforço.

A discussão entre o cérebro e nosso sistema de pensamentos e emoções é vigoroso e há muita discórdia entre eles, gerando muitos problemas.

Por isto nos exige grande esforço, verdadeiramente é a nossa grande medalha, aquele de grande valor.

Nosso cérebro quer nos autopreservar, exigindo que gastemos a menor energia possível, com o maior ganho possível. Portanto, quando obtemos um prazer sem esforço algum, o nosso cérebro quer repetir este processo para todas as outras coisas. Contudo, a psique nos faz sentir incapaz, culpados.

Um exemplo é quando você tem no seu dia, a oportunidade de fazer tudo o que precisa ser feito, de melhorar seus indicadores pessoais e profissionais. E escolhe ficar em casa, deitar na cama e assistir uma maratona de filmes. O que você sente sobre isto?

De boa ou culpado?

Ou quando você passa o dia sem fazer nada, comendo de tudo o que vê pela frente e, continua comendo mesmo sem fome. Você?

Continua de boa ou com mais culpa?

Agora, imagine você descansando após um dia muito produtivo, onde você decide dormir mais cedo. Você sentiria culpa?

Sim, sou neurótico ou sentiria paz?

Numa semana ótima de trabalho, com elogios do chefe e colegas, você se permite passar o final de semana num resort, curtindo sua vida. Como você se sente? Culpado ou que é um descanso merecido?

O esforço dá sentido aos nossos momentos de prazer. Já sem o esforço, nos sobra a culpa.