Opinião

Seu zumbi preferido

JULIANO GAZOLA
Destaco a importância de uma abordagem realista e comprometida com o trabalho, combinando aspirações financeiras

Você já se deparou com aquele tipo de pessoa que não escuta, não percebe nada, não recua em ocorrências para tentar entender, antes de opinar.

Até mesmo aquele tipo de pessoa que vive repetindo chavões, tentando convencer o mundo com ele.

Esta é uma típica atitude de um morto vivo, pois quem fica taxando tudo o que ocorre ou o que deve acontecer no universo, dispensa o uso do próprio cérebro.

É ao darmos um passo para trás que conseguimos enxergar com clareza, o que nos permite adotar perspectivas distintas das demais pessoas e forjar nossa própria visão, criando a nossa individualidade.

Não seja você, um indivíduo que fica usando chavões, negando olhar para o mundo real. Caso você escolha este caminho, só há um destino. O de igualar-se aos zumbis.

Por outro lado, o temos o lado bom da notícia, de que podemos virar o jogo a nosso favor, desmascarando o zumbi, bem ao estilo dos desenhos do scooby-doo. No desenho animado os vilões eram desmascarados e presos. Na vida real, podemos devolver a constituição humana aos mortos vivos.

Historicamente, os primeiros zumbis que devemos tirar a máscara são nós mesmos. Se você está nesta luta,      vou te ajudar a ter postura adequada diante das circunstâncias que provocam a virar zumbi.

É possível que você esteja bem adiantado, quando o tema é seu próprio desenvolvimento. No entanto, é uma postura pouco benéfica evitar interações, alegando que o outro se baseia em clichês e é uma pessoa comum.

Buscar a verdade das coisas, deve ser objetivo “aeternus”, e isolar-se é atitude de zumbi, típica de quem julga antes de compreender.

Contra o vírus zumbificador, há o antídoto da ternura. Se você tende a adotar abordagens extremas e emitir julgamentos precipitados, é hora de adotar atitudes extremamente gentis, que se baseiam na empatia e na receptividade.

Vou lhe provocar com algumas perguntas, a fim de lhe oferecer ajuda.

Você tende a se irritar facilmente ou sentir uma preocupação excessiva em relação a tendências temporárias, como uma série recentemente lançada em uma plataforma de streaming?

As interações com seus amigos ou familiares geralmente resultam em desfechos desagradáveis? Você frequentemente expressa palavras que posteriormente se arrepende?

Essas discussões, quando ocorrem, têm origem em algum tópico polêmico amplamente abordado pela mídia?

Em discussões com amigos, você concorda com quase tudo, sendo volúvel?

Caso você tenha respondido sim para todas as perguntas, você foi contaminado pelo vírus zumbificador, instalando automaticamente um disfarce de morto vivo. Para retirar, o poder da ternura se faz vital.

Você só tem a perder, em mostrar reações emocionais diante de tudo o que ocorre a sua volta. “Caia na real”, o seu posicionamento imediato sobre tudo, pouco importa.

Para começar, você perde energia, tempo e aumenta a ansiedade, nesta busca por ser o oráculo tupiniquim.

Preste atenção no assunto mais polêmico que está mais consumindo sua energia agora e reflita se as razões são reais. Veja ainda se você brigou com alguém. Ter afeição por pessoas ou manter posicionamentos com níveis rasos de conhecimento, o que vale mais a pena?

Devolva a vida ao zumbi que está dentro de você!