Na semana passada, duas mensagens com tom agressivo e intimidador chegaram à redação do Jornal O Paraná, ameaçando este veículo de comunicação e um de seus jornalistas. Apesar de não ter se identificado, um rastreamento nos levou à origem das mensagens: um computador dentro do prédio do Ministério da Justiça, em Brasília. Tão logo ficou sabendo do ocorrido, a própria direção do órgão se prontificou a identificar o autor e reiterou: não compactua com esse tipo de postura.
As ameaças tinham como pano de fundo reportagem sobre o chamado escritório do crime existente dentro dos presídios, inclusive federais, dentre eles o de Catanduvas, citado no texto.
A denúncia de fatos envolvendo o crime organizado brasileiro e as ações de repressão do Estado e de tentativa de frear o domínio de criminosos sempre foi destaque no Jornal O Paraná dando voz ao enfrentamento das forças de segurança às facções e a tentativa constante do domínio social exercido por elas.
Além de não entendermos a razão de alguém tomar as dores de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), este jornal não costuma se intimidar com esse tipo de ameaça. Nem de outra natureza.
Vale ressaltar que o Jornal O Paraná sempre esteve aberto a qualquer forma de questionamento acerca do conteúdo das reportagens, fazendo questão de dar espaço e voz a todos os envolvidos para bem esclarecer todos os fatos.
Nosso compromisso sempre foi com a verdade, a ética e o respeito, elementos que nos dão respaldo para bem fazermos nosso trabalho: sermos a voz da sociedade nas mais diferentes áreas, desde as demandas por saúde e educação de qualidade, direitos assegurados pela Constituição Federal, até a divulgação de atos ilegais e de corrupção que envolvam recursos públicos.
Por Carla Hachmann