O presidente Jair Bolsonaro quebrou a agenda e fez uma visita não programada à CIA nos Estados Unidos, a Agência de Inteligência Americana. O assunto: só ele sabe. Os bastidores da viagem do líder brasileiro aos Estados Unidos sinalizam que a pauta vai muito além da liberação da exigência de visto aos norte-americanos e da parceria para uso da base de Alcântara, prometido, desmentido e agora cumprido.
Fora dos holofotes principais, o ministro da Justiça, Sergio Moro, traz dois acordos na bagagem com objetivos iguais: cooperação mútua no combate ao crime.
O Brasil firmou (ou ratificou) uma parceria com o FBI – a Polícia Federal dos EUA – para troca de informações. “São acordos de troca de informações. Haverá agentes de ligação de um país sendo encaminhados para o outro. Isso favorece a cooperação jurídica, já que os países têm interesses comuns de combate ao crime, principalmente, contra a lavagem de dinheiro”, revelou o ministro.
Este jornal já noticiou, há mais de um ano, que o FBI já tem passagem constante especialmente na tríplice fronteira aqui, no oeste do Paraná. Isso desde que identificaram que as maiores facções criminosas do Brasil, como PCC e Comando Vermelho, têm relações estreitas com grupos terroristas, como Estado Islâmico. Essa “parceria” vai desde lavagem de dinheiro a tráfico de armas, transações muito maiores do que os cidadãos comuns conseguem imaginar. E muito mais volumosas financeiramente, já que aqui estariam concentradas as células responsáveis por fazer o caixa das facções.
Por Carla Hachmann