Opinião

O pacote que o Brasil espera

Por Carla Hachmann

O Ministério da Economia prepara um pacote de medidas para aumentar a produtividade, o emprego e tentar destravar a atividade econômica. Isso é para ontem. O otimismo que abraçou 2019 está perdendo força e as projeções já indicam crescimento cada vez menor. Algumas, inclusive, alertam para nova recessão em 2020 se o Brasil mantiver o passo atual.

Na gaveta, estão ações previstas para 90, 180 e 360 dias. E, claro, todas com nomes próprios: Simplifica, Emprega Mais, Brasil 4.0 e Pró-mercados.

O Simplifica é o primeiro a ser posto em prática e significa 50 medidas para desburocratizar o setor produtivo. O plano foi feito com base na demanda do próprio setor, a começar pelo eSocial, que tinha a função de ajudar mas é extremamente complexo.

Outro programa faz frente ao desemprego. Pelo Emprega Mais, serão entregues vouchers (vales) às empresas para que invistam em qualificação. Isso porque descobriram que o Pronatec não funcionou.

No plano Pró-mercados, a ideia é retirar as barreiras ao pleno funcionamento do mercado, especialmente nas áreas de saneamento, medicamentos, óleo e gás, bancos, propriedade de terras e telecomunicações.

Também na proposta de desburocratização, o plano Brasil 4.0 contém medidas para estimular a digitalização e a modernização dos processos de gestão das companhias. O governo vai usar estudos da OCDE para fomentar o uso da tecnologia no dia a dia das empresas e consumidores.

Com os planos prontos, a expectativa é de sejam colocados em prática o quanto antes. Pode ser pouco, mas é melhor que nada.