Política

Sem apoio, governo deve adiar votação da reforma

Brasília – O governo federal continua trabalhando intensamente, mas já reconhece que a votação da Reforma da Previdência não deve acontecer na próxima semana, como era esperado pelo Palácio do Planalto.

Nos bastidores, a equipe presidencial admite que a proposta pode ser votada apenas na última semana de trabalho do Congresso, dias antes do início do recesso parlamentar.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu que o prazo é curto. “Nossa agenda é curta, mas a gente precisa reunir condições para votar, temos, no máximo, dez dias, vamos trabalhar com esse prazo para criar condições. Por mais difícil que seja, a gente vai tentar isso até o último dia. A Câmara funciona até o dia 22, temos que trabalhar com todas as datas possíveis”, disse.

O presidente da Câmara classificou como um “equívoco” não aprovar a matéria: “Temos que construir, deputado a deputado, deputada a deputada, as condições para votar a Reforma da Previdência. Independentemente se o partido está ou não na base, temos que rapidamente criar essas condições, como a gente já vem criando nas últimas semanas“.

Para Rodrigo Maia, o que os parlamentares precisam entender é que a aprovação do texto terá impactos positivos em todos os municípios e estados brasileiros, inclusive nos da oposição. “A gente vê muito governador de oposição, quando vem a Brasília, na conversa conosco, apoiar a reforma da Previdência. A gente sabe que sem a reforma, estaremos comprometendo o futuro de milhões de brasileiros que precisam do Estado para melhorar sua qualidade de vida”.