Esportes

Pilotos de Enduro se adequam à quarentena

Acostumados a barro, natureza, adrenalina e uma rotina exaustiva de treinamento, os pilotos da MXF tiveram que se adequar ao momento. Tudo para manter mente e corpo em dia enquanto as trilhas seguem indisponíveis.

Anderson da Luz, o Caxopa, é o atual campeão brasileiro da categoria Enduro 2- Crédito: Divulgação
Anderson da Luz, o Caxopa, é o atual campeão brasileiro da categoria Enduro 2- Crédito: Divulgação

Com a paralisação temporária das competições esportivas, muitos atletas têm que reinventar modos de treinamento, rotinas diárias, alimentação e preparação física.

Mesmo em esportes onde não há contato físico ou aproximação entre competidores, como no esporte off-road, o adiamento temporário das competições levou os atletas a readaptarem suas rotinas, visando uma boa forma física e mental quando as competições forem retomadas.

É a situação dos pilotos da MXF Enduro Team que disputa uma série de campeonatos na modalidade Enduro (F.I.M. e Regularidade).

Acostumados a barro, natureza, adrenalina e uma rotina exaustiva de treinamento, os pilotos da MXF tiveram que se adequar ao momento. Tudo para manter mente e corpo em dia enquanto as trilhas seguem indisponíveis.

Anderson da Luz, mais conhecido como Caxopa, é o atual campeão brasileiro da categoria Enduro 2. O piloto catarinense relata o quanto é difícil manter uma rotina de treinos durante a fase de isolamento. “A gente tem que dar um jeito durante essa fase. Como não podemos ir pra trilha, pois podemos acabar nos machucando e temos que evitar os hospitais, pedalo uma ou duas vezes na semana, mas tenho treinado muito pouco com a moto”, diz Caxopa.

A bicicleta acaba sendo uma solução viável para outros atletas também. Fernando Alberto Pereira, o Juruna, também tem usado bastante a bike. Campeão brasileiro de Enduro 4 em 2019, o mineiro também tem pedalado para manter a forma. Além disso, tem seguido uma rotina de treino em casa, adaptando exercícios funcionais para o espaço reduzido. “Quando pedalo, eu vou pra roça, pra evitar o contato e espairecer a cabeça. Em casa, separei um quartinho onde tenho alguns equipamentos para realizar meus exercícios funcionais”.

 

Alimentação

Juruna também diz que é fundamental cuidar da alimentação durante o período sem competições. O atleta fez curso de Nutrição e tem montado a própria dieta. Ele diz que o perigoso desses tempos em casa é perder a mão em hábitos alimentares não saudáveis. “Eu fiz cursos de hipertrofia e emagrecimento e biomecânica da musculação, sempre voltado para achar a melhor nutrição do meu corpo. Ajuda-me demais a dieta em tempos de ficar parado e, quando estou competindo, a boa alimentação me ajuda a ser o piloto mais rápido da minha categoria”.

 

Volta à rotina

André Rezende, campeão mineiro 2019 de Enduro de Regularidade, não vê a hora de poder voltar aos treinos. Ele também tem mantido uma dieta recorrente, porém, a falta de uma rotina entre treinos e competições é o que mais faz falta ultimamente. Ficar longe da moto não é algo corriqueiro na vida do atleta mineiro. “Fazem muita falta o contato com a moto, os treinos duros e as rotinas de competição. Nós, que competimos em categorias off-road, precisamos do barro e da poeira em nosso sangue. É o que faz o nosso coração bater forte.”


Lucas Pontual

Já são mais de 30 dias longe das pistas. Foi no dia 14 de março que o piloto pernambucano Lucas Pontual entrou na pista pela última vez. Foi na segunda etapa da Copa São Paulo de Kart da Granja Viana, em Cotia, na Grande São Paulo. Na oportunidade, o piloto do kart 95 na categoria Micro Max ficou com o terceiro lugar no pódio.

Léo Lamelas

Depois de conquistar diversos títulos no kartismo brasileiro e competir com protótipos do IMSA em 2019, Leo Lamelas inicia agora uma nova fase de sua carreira. Com duas temporadas de experiência nos Estados Unidos em provas de endurance, o piloto agora terá um novo desafio, desta vez em um dos campeonatos de GT mais rápidos do mundo: o Lamborghini Super Trofeo, torneio oficial da montadora italiana.

Fórmula 1

Os promotores da Fórmula 1 cogitam realizar alguns GPs sem público neste ano como forma de diminuir o impacto financeiro causado pela pandemia do coronavírus. Mas o tetracampeão Sebastian Vettel é contra. O piloto da Ferrari entende que isto poderia levar os fãs a entender que a categoria destoa da realidade. Vettel acha que é melhor esperar o quando for possível para a volta da normalidade do que queimar a imagem da Fórmula 1.