Esportes

Panorama esportivo do dia 6 de novembro de 2019

Acertou?

Só o tempo dirá se Tiago Nunes acertou em deixar o Athletico Paranaense rumo ao Corinthians. O fato é que ele trocou uma equipe em ascensão no futebol brasileiro por uma que vive derrocada, e isso é fato. O Athletico campeão da Sul-Americana 2018 e da Copa do Brasil 2019 está mais estruturado do que o Corinthians que “venceu tudo” de 2012 a 2017, mas que nos dois últimos anos se arrastou. Lutou contra o rebaixamento nacional em 2018, quando o Athletico foi 7º colocado, e faz campanha até surpreendente no Brasileirão deste ano, em 8º lugar, mas ainda assim abaixo do Athletico (6º).

Estaduais

Alguns vão dizer, “mas o Corinthians é o atual tricampeão paulista”, o que é fato, como também o é o pouco interesse dos times grandes pelos estaduais, campeonatos utilizados como “laboratório” e no qual apenas o torcedor e os times de menor expressão se empolgam, pois além de não oferecer premiação financeira às equipes grandes, atrapalha no calendário com jogos já em janeiro, encurtando a preparação para uma temporada nacional e/ou internacional que seguirá até dezembro. Por falar em importância aos estaduais, o Athletico disputou os três últimos Campeonatos Paranaenses com seu time sub-23, e comandado por Tiago Nunes foi campeão em 2018.

Grana alta

O que parece ter pesado na troca de Tiago Nunes do estável Athletico ao instável Corinthians foi o fator financeiro. O treinador gaúcho de 39 anos tinha contrato com o time paranaense até o dia 8 de dezembro deste ano, último dia do Brasileirão, e já discutia a renovação desde a semana passada, a última de outubro. Ciente da sondagem de outras equipes, o Athletico ofereceu contrato longo, de dois anos, e aumento de salário de R$ 200 mil para R$ 350 mil, com multa rescisória e foco nas Libertadores de 2020 e 2021, tudo dentro da realidade do clube. Já o Corinthians ofereceu R$ 600 mil de salário e contrato de um ano, pois passará por eleições ao fim do ano que vem.

Visibilidade

A visibilidade das equipes do eixo Rio-São Paulo é incomparavelmente maior que a das demais regiões do País. Como isso, não seria de se duvidar que se Tiago Nunes ou o gremista Renato Gaúcho (campeão da Copa do Brasil, da Libertadores, da Recopa e de dois estaduais nos últimos quatro anos) estivessem à frente de equipes do eixo, teriam seus nomes ecoados para o lugar de Tite na seleção brasileira, como o do flamenguista Jorge Jesus já é.