Política

Marli tenta emplacar a proposta que “vereador não é melhor que professor”

Sua principal intenção era baixar o valor do salário do vereador, igualando-o ao dos professores da rede municipal.

Foto: Divulgação
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Toledo – Após 30 anos em sala de aula como servidora do Estado do Paraná e presenciar diariamente a realidade de diversas famílias que vivem com menos de um salário mínimo por mês, há um ano a vereadora Marli do Esporte iniciou a campanha “Vereador não é melhor que professor”.

Sua principal intenção era baixar o valor do salário do vereador, igualando-o ao dos professores da rede municipal. Tentou via requerimento. Precisava de sete assinaturas, mas só cinco assinaram. Em seguida, apresentou um projeto de lei igualando o subsídio dos vereadores ao salário inicial de um professor de 40 horas, prevendo a correção conforme os ajustes da classe. Para conquistar apoio à causa, ela começou a visitar escolas, associações, comunidades e munícipes.

Para este início de ano, Marli espera que a pressão popular garanta a aprovação do projeto: “As pessoas precisam entender que vereador não é profissão e que o salário alto não deve ser um atrativo para permanecer eternamente na política. Se um professor com mestrado precisa dar conta de uma turma com 40 alunos, cinco dias na semana, por um salário de R$ 3.300, por que um vereador precisa ganhar R$ 12.000? Nosso objetivo é moralizar a função de ocupantes de cargos eletivos na busca de dinheiro fácil, e, sim, que os cargos sejam ocupados por cidadãos que desejem realmente contribuir com a melhoria e a mudança de maneira positiva do Município de Toledo”.

A vereadora lembra que sua proposta prevê ainda “uma economia mensal de R$ 177.744,43 e anual de R$ 2.132.933,16, e um total de R$ 8.531.732,64 em quatro anos”.