Política

Ibema desapropria áreas para levar água a famílias assentadas

Serão feitos dois poços artesianos e dois reservatórios com capacidade de 10 mil litros cada um e instalada rede de distribuição

Ibema – Uma conquista que exigiu muito trabalho, determinação e persistência. É assim que o prefeito de Ibema, Adelar Arrosi (PSDB), define recentes imissões de posse conseguidas na Justiça pela administração pública para implantar sistema de abastecimento que levará água tratada a mais de cem famílias de pequenos agricultores de uma área de assentamento no interior do Município.

O prefeito Adelar Arrosi lembra que no início da atual gestão apresentou projeto para levar água tratada a essas famílias, conseguindo a liberação do Ministério da Saúde e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) de R$ 998 mil a fundo perdido para a obra.

A autorização para a licitação só pode ocorrer mediante a autorização do proprietário das matrículas dos imóveis em função de litígio em torno das áreas do assentamento, ou dessa forma, desapropriação judicial.

As ocupações ocorreram há mais de 30 anos e as famílias que estão no local experimentam várias privações, inclusive de água tratada, segundo Adelar Arrosi.

Parte da área fica na fazenda Badotti e outra na Caldato. Na tentativa de garantir a liberação dos recursos, o prefeito buscou diálogo com os representantes legais de olho na autorização administrativa para que a licitação prosseguisse e a obra, que é um avanço e um direito social dos assentados, pudesse ser realizada.

Sem a autorização por consenso, o prefeito então buscou o caminho da Justiça para obter as matrículas e o direito de levar a melhoria para as famílias.

A imissão de posse ao Município acaba de ser concedida pelo juiz Giovane Rymsza, da Comarca de Catanduvas.

Com a autorização em mãos, agora o prefeito mandará a imissão ao Ministério da Saúde, que então anexará o documento ao processo e autorizará a licitação. A previsão é de que a solução definitiva e a implantação do sistema de água ocorram ainda em 2019.

A OBRA

O dinheiro liberado pelo Ministério da Saúde e pela Funasa será suficiente para a implantação de dois poços artesianos, dois reservatórios com capacidade de 10 mil litros cada um e instalação da rede de distribuição. “A água tratada chegará à casa de cada uma das famílias melhorando, assim, consideravelmente a suas condições de vida. Água de qualidade significa mais dignidade, respeito e saúde às pessoas”, afirma o prefeito Adelar Arrosi.

Os primeiros benefícios à comunidade do assentamento ocorreram pelas mãos de Adelar Arrosi na sua primeira gestão a partir de 1997.

“Levamos energia elétrica, telefone e algumas edificações de uso comum, dois salões comunitários e quadra de esportes iluminada às famílias, que até então estavam praticamente isoladas do mundo. Mesmo assim, só agora é que a água tratada, um direito tão básico, vai atender essa população. Estou feliz com o desfecho, pois cada um escreve sua história, outros a leem, essa é uma situação antiga e que precisa, de uma vez por todas, ser legalmente pacificada”, diz Adelar Arrosi.