Política

Giro político do dia 04 de dezembro de 2018

Marcha fúnebre na Câmara

Se houvesse trilha sonora, na Câmara de Cascavel a sessão seria regida ontem por uma marcha fúnebre. “Decretada a morte da coerência dos opositores”, declarou o líder de Governo, Rômulo Quintino (PSL). As divergências entre situação e oposição têm se tornado cada vez mais ríspidas, com discursos recheados de deboches e indiretas. A morte da coerência anunciada por Quintino se deve ao pedido de Paulo Porto (PCdoB) por cobrança de impostos para arcar com tantas despesas, inclusive novo empréstimo milionário. Porto há muito vem cobrando IPTU Progressivo, aquele deixado há várias gestões engavetado e que cobra mais caro o imposto de quem especula imóveis na área central.

Lamento cultural

Artistas usaram as redes sociais ontem para criticar o lançamento da programação natalina em Cascavel. Mais de 100 voluntários envolvidos nas apresentações foram interrompidos para antecipar a chegada do Papai Noel. Pegou muito mal!

Tribuna critica

Os artistas – inclusive da Orquestra Municipal – se prepararam por três meses. Até o secretário de Cultura e Esporte, Ricardo Bulgarelli, foi surpreendido. Na Câmara, o vereador Mauro Seibert (PP) disse que não pretende ignorar a situação e quer explicações de Bulgarelli. Para Seibert, faltou “bom senso”.

Defesa

O novo líder de Governo tem enfrentado momentos conturbados. Mesmo assim, não esmorece. Quintino deixou claro que as provocações para aumentar a arrecadação são estratégias para que, na tribuna, os mesmos que as cobram, no momento da votação as rejeitem. Tudo para provocar desgaste político. Quem não ficou quieto foi Fernando Hallberg que disparou: “Para quantos deuses o senhor reza? Não tem como servir a dois pastores. Ser base sempre é um problema e depois cuspir no prato que comeu”.

Banheiros da discórdia

Aprovadas as propostas de concessões de quiosques centrais de Cascavel e também para que a iniciativa privada construa estruturas em parques e praças. Mas os vereadores cobraram os banheiros públicos, principalmente na Avenida Brasil, pois quem passa por ali precisa pedir favor aos lojistas e nem sempre são atendidos. As emendas serão propostas em sessão hoje. Sebastião Madril (PMB) alertou sobre a existência de muitos vendedores ambulantes nas regiões propensas a terem quiosques, o que inviabiliza qualquer negócio.

*Autorizado pela Câmara o pedido de empréstimo de R$ 30 milhões da Caixa por parte da prefeitura.

*As comissões analisaram tudo na quinta-feira e o pedido foi votado ontem. Hoje as emendas entram em discussão.