Saúde

Covid: casos caem 82% entre fevereiro e março no Paraná

A média diária de óbitos também reduziu de 41 em fevereiro para 12 no mês de março

Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) - 10/02/2022. Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) - 10/02/2022. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

 

 

Curitiba – A Secretaria Estadual de Saúde divulgou ontem (4) um balanço que aponta que os casos confirmados de Covid-19 caíram 82,6% no Paraná. Os dados são do mês de março em comparação ao mês de fevereiro, passando de 308.300 para 53.500 casos positivos. O número de óbitos também teve uma queda significativa, de 66,5%, sendo que em fevereiro deste ano foram registradas 1.158 mortes pela doença e, em março, os números caíram para 387.

A média diária de óbitos também reduziu de 41 em fevereiro para 12 no mês de março. Outro dado importante é que em 273 municípios do Estado não houve registro de mortes em março. Destes, 101 estão sem óbitos desde o ano passado. Quando comparado a janeiro, mês com maior registro de casos positivos desde o início da pandemia, devido a variante Ômicron, os dados de casos e óbitos de março também são menores. A redução no número de diagnósticos positivos é de 88,2% e o de número de óbitos é 32,5%.

 

Internamentos

Com a diminuição na taxa de infecção pela doença, o número de internamentos também tem reduzido consideravelmente no Paraná. No início de fevereiro, o Estado somava 673 leitos de UTI preferenciais para atendimento Covid-19, com 474 pacientes internados; e 1.319 enfermarias, com 780 internações. A taxa de ocupação era de 70% em UTI e 59% em enfermaria.

Já no início de março, os números caíram quase pela metade. O Estado somava 736 leitos de UTI com 342 pacientes, e 1.356 de enfermaria com 432 pessoas internadas. A taxa de ocupação fechou em 46% e 32% respectivamente. Agora, um mês depois, os números são ainda menores. O Paraná possui 513 leitos de UTI, com apenas 157 pacientes internados, e 638 de enfermaria, com 111 internamentos. A taxa de ocupação é de 31% em UTI 17% em enfermaria.

 

Foto: AEN

 

 

Vacinação: campanha contra sarampo acompanha a gripe

 

Também foi iniciada ontem (4) a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, realizada simultaneamente com a imunização contra gripe. A ação é nacional e, pela primeira vez, realizada forma conjunta, com objetivo de imunizar crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade, além de atualizar a situação vacinal dos trabalhadores da saúde. A cobertura vacinal em 2021 ficou em 82,45%.

A campanha ocorre em duas etapas, a primeira vai até 30 de abril e tem como público-alvo os trabalhadores da saúde. A partir do dia 2 de maio até 3 de junho acontece a segunda etapa, contemplando as crianças de seis meses a cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), que poderão receber, no mesmo momento, a vacina contra a gripe.

Todas desta faixa etária deverão receber uma dose da vacina tríplice viral, independentemente da situação vacinal atual contra a doença. A estimativa é que 692.651 crianças devem comparecer aos postos de vacinação para receber a dose. A meta é imunizar 95% deste público. As doses de rotina da vacina tríplice viral que coincidirem com o período da campanha deverão ser reagendadas para 30 dias após a dose da campanha.

A tríplice viral pode ser administrada simultaneamente com a vacina contra a gripe, a partir dos seis meses de idade. Para os trabalhadores da saúde pode haver coadministração das vacinas tríplice viral e da vacina contra a Covid-19.

 

Doença

O sarampo é uma doença infecciosa, aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente, em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A estratégia de vacinação contra o sarampo com a vacina tríplice viral foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1992, com o propósito de controlar surtos de sarampo, reduzir internações, complicações e mortes.

O Paraná estava há mais de 20 anos sem casos de sarampo no território, mas em 2019, houve um surto da doença que durou até setembro de 2020. Não ocorreram óbitos e as faixas etárias mais atingidas foram de 20 a 29, com 1.035 casos confirmados; de 10 a 19 anos, com 457; e de 30 39 anos, com 293 casos confirmados.