Opinião

Coluna Juliano Gazola: a sarjeta

Confundir trabalho com propósito de vida é uma das maiores confusões do nosso século

Coluna Juliano Gazola: a sarjeta

Confundir trabalho com propósito de vida é uma das maiores confusões do nosso século.

Um dia possui 24 horas, 8 das quais o brasileiro médio gasta trabalhando, sem contar a pausa para o almoço e o tempo de deslocamento para o trabalho.

Você já parou para pensar o que isso significa? Significa que você passa pelo menos um terço do seu dia trabalhando.

E, se você dorme oito horas por dia, metade do seu tempo acordado, você está trabalhando. Isso significa que ou você preenche esse tempo com sentido, ou você vai jogar fora quase a metade dos seus próximos 20, 30, 40 anos.

Metade da sua vida na sarjeta, e numa sarjeta pior que uma rua com esgoto aparente, pós-chuva.

O problema é que as pessoas confundem preencher trabalho de sentido com preencher trabalho de sentimento. Trabalho, querido leitor, é serviço, dedicação e esforço. É um instrumento de melhora pessoal.

É uma atividade para que você realize e se sinta realizado, o que, muitas vezes, significa estar anos-luz de se sentir bem. Gostaria muito que você guardasse isso em seu coração, por isso repito: o seu trabalho deve ser um instrumento de melhora pessoal.

E digo “deve” porque algumas pessoas fazem dele exatamente o oposto: vão ao trabalho para exercitar a preguiça, a maledicência, a imaturidade, a falta de pontualidade. Que é tudo o que eu não quero que aconteça, quando a Bioliderança é aprendida na essência.

Você não é pago para sambar, para brincar como se estivesse num carnaval eterno. A pior pergunta que alguém poderia fazer a respeito do trabalho é: “Eu gosto de trabalhar com isso?” “Gosto de estar aqui?”

Mas que grande besta quadrada que você é: Trabalho não é sambódromo ou balada para que você goste de estar nele. Desafio você a se fazer outra pergunta, e aqui vai: “Esse trabalho me permite melhorar?” “Me permite ajudar os demais?” Se a resposta for positiva, então pare de reclamar e coloque sentido no seu trabalho, e você vai encontrar vários tipos de remuneração: financeira, moral, intelectual.

E saiba que a felicidade neste mundo não aparece senão junto de fibra e suor.

O que você pode melhorar no seu trabalho, começando hoje mesmo?

Lembre-se que você trabalha para melhorar, para ser útil, dar resultado, resolver problemas e ganhar dinheiro, seja como empregado ou empreendedor.

Aproveite e também viva para ser útil, ser forte, trabalhar duro e não encha o saco de ninguém, sua felicidade depende disso.


Juliano Gazola é fundador da Bioliderança® no Brasil, business executive coach, reprogramador biológico

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