Opinião

Coluna ADI do dia 10 de janeiro de 2020

Coluna ADI do dia 10 de janeiro de 2020

Impulso

O presidente Jair Bolsonaro e líderes do Aliança Pelo Brasil esperam filiar ou ter um sinal forte do apoio do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança) ainda em janeiro para catapultar as adesões ao partido com tempo para o registro no TSE. Dessa forma, o Aliança espera ter tempo de participar com força das eleições de outubro nas grandes e médias cidades brasileiras.

Acordo

O impasse à adesão de Moro no Aliança Pelo Brasil reside no fato de o ministro ocupar uma vaga no STF em novembro. Os bolsonaristas argumentam que o ex-juiz pode se filiar e depois se desfiliar quando Bolsonaro o indicar à suprema corte. Moro é a figura pública com maior projeção política nacional. Supera o ex-presidente Lula (PT) e o próprio Bolsonaro.

Esfregando as mãos

O advogado Ogier Buchi não vê a hora de poder contar com Moro na sua pré-campanha à Prefeitura de Curitiba. Buchi fez 88.745 votos para governador na capital paranaense e sustenta que, com apoio de Bolsonaro e Moro, projetar-se-á ao segundo turno na disputa da capital.

Eu também

O deputado Coronel Lee (PSL) também espera contar com Moro e Bolsonaro na sua provável campanha na disputa da Prefeitura de Cascavel.

Capital alto

O capital político de Moro é tão alto que dois pré-candidatos – os deputados Delegado Francischini (PSL) e Ney Leprevost (PSD) – já convidaram a advogada Rosangela Moro, esposa do ministro, para vice na chapa de prefeito em Curitiba. Moro e Rosangela têm domicílio eleitoral na capital paranaense.

***É irreconciliável?

Adversários de Francischini afirmam que as diferenças entre o deputado e o presidente Bolsonaro são grandes. Mas Francischini ainda tem a simpatia dos filhos dos presidentes, o que não é pouco. Os Francischini, pai e filho, permaneceram no PSL. Já Bolsonaro partiu para a formação do Aliança Pelo Brasil.

Outro nome

Parte dos amigos do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato, quer que ele dispute um cargo majoritário (a prefeito) em outubro. Dallagnol, que vota em Curitiba, deve disputar o Senado em 2022, como quer a outra parte dos amigos do procurador.

***Um dos dois

O deputado Luiz Nishimori (PL) disse que seu partido disputará a Prefeitura de Maringá com Akemi Nishimori ou com o deputado Delegado Jacovós. Em Curitiba, o deputado Giacobo, presidente estadual do partido, já adiantou que vai lançar a deputada Cristhiane Yared na disputa. Giacobo também não descarta de ele mesmo disputar a Prefeitura de Foz do Iguaçu.

Em alta

O deputado Stephanes Junior (PSD) visitou o deputado Romanelli (PSB) com um sorriso largo no rosto. Stephanes foi relator do projeto de lei que transferiu o Coaf do Ministério da Justiça para o Banco Central. Seu relatório foi aprovado por unanimidade no Congresso Nacional e sancionado sem vetos pelo presidente Bolsonaro. Recebeu elogios até do senador José Serra (PSDB-SP).

Inconstitucional

O Podemos vai entrar com uma Adin no STF para anular a tarifa do cheque especial vigente desde segunda-feira (6). O partido alega que a tarifa afronta o “princípio da ordem econômica” da Constituição. A cobrança da tarifa de 0,25% sobre o valor do cheque especial que ultrapassar R$ 500 reais foi autorizada pelo Conselho Monetário Nacional.

Cartel

Após o posicionamento contrário à proposta da Aneel em taxar o uso da energia solar, o presidente Jair Bolsonaro promete manter a atitude com cartel de distribuidores de combustíveis. Bolsonaro já se mostrou contrário aos que impedem a venda direta de combustíveis dos produtores aos postos, reduzindo o preço para o consumidor. No momento o desafio é conseguir apoio do ministro Paulo Guedes (Economia), que ignora a decisão do presidente.