Saúde

Brasil passa de 51 mil mortes por covid

Os estados mais afetados pelo vírus, em relação ao número de casos confirmados, são São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pará e Maranhão

Brasil passa de 51 mil mortes por covid

Brasília – De acordo com a última atualização feita pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) sobre a situação da epidemia do novo coronavírus no Brasil, o País tinha 1.106.470 casos confirmados da doença e 51.271 óbitos decorrentes da infecção. De domingo para ontem foram registrados mais 21.597 diagnósticos e 663 mortes. Os dados forma confirmados pelo Ministério da Saúde.

Os estados mais afetados pelo vírus, em relação ao número de casos confirmados, são São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pará e Maranhão. O Amazonas, uma das unidades federativas que mais sofreram com a pandemia e chegou a figurar em terceiro lugar no ranking nacional, aparece em sexto, seguido de Pernambuco, que registra mais de 4 mil óbitos, mas tem menos diagnósticos realizados.

O Conass passou a divulgar os próprios números no começo de junho, quando o Ministério da Saúde, órgão responsável pela compilação dos dados, atrasou a atualização por vários dias seguidos e ocultou alguns dados. As informações publicadas pelos secretários de Saúde são usadas como base para a divulgação do governo e, até o fim de semana, os dados das duas entidades eram idênticos. Nesse domingo (21), entretanto, a diferença foi de 165 casos e nove mortes a mais na plataforma oficial da Saúde. Nesta segunda (22), os números em 24 horas foram diferentes, mas a quantidade total de óbitos e casos foi igual ao total postado pelo Conass.

Mundo

Em todo o mundo, passam de 9 milhões de infectados, com quase 470 mil mortes. Os Estados Unidos passam de 2,3 mil contaminados e se aproximam de 122 mil mortes. Em números absolutos, o Brasil vem em segundo, seguido pelo Reino Unido, com 42.647 mortes.

REGIÃO OESTE Casos
Anahy 9
Assis Chateaubriand 61
Boa Vista da Aparecida 29
Braganey 22
Cafelândia 12
Campo Bonito 25
Capitão Leônidas Marques 12
Cascavel 1.848
Catanduvas 21
Céu Azul 19
Corbélia 29
Diamante do Sul 18
Diamanta d’Oeste 4
Espigão Alto do Iguaçu 1
Entre Rios do Oeste 1
Formosa do Oeste 2
Foz do Iguaçu 493
Guaíra 22
Guaraniaçu 44
Ibema 49
Iguatu 4
Iracema do Oeste 2
Itaipulândia 26
Jesuítas 31
Lindoeste 7
Marechal C.Rondon 26
Maripá 3
Matelândia 43
Medianeira 102
Mercedes 2
Missal 33
Nova Aurora 10
Ouro Verde do Oeste 13
Palotina 35
Pato Bragado 3
Quatro Pontes 2
Quedas do Iguaçu 28
Ramilândia 27
Santa Helena 63
Santa Lúcia 2
Santa Terezinha Itaipu 55
Santa Tereza do Oeste 50
São José das Palmeiras 1
São Miguel do Iguaçu 64
São Pedro do Iguaçu 12
Serranópolis do Iguaçu 15
Terra Roxa 6
Toledo 799
Três Barras do Paraná 23
Tupãssi 40
Vera Cruz do Oeste 28
TOTAL NO OESTE 4276
TOTAL NO PARANÁ 14.948
TOTAL NO BRASIL 1.106.470

Junho é o pior mês

 

A oito dias para o mês de junho acabar, é possível afirmar que o mês superará maio em quantidade de mortes por conta do coronavírus. Até ontem, já eram 21.957 mortes registradas no mês, segundo dados do Ministério da Saúde, atualizados nessa segunda (22). Em maio, foram 23.413 nos 31 dias. A diferença é de 6,2%, que deve ser superada ainda nesta semana.

Isso porque a média de mortes em dias úteis foi mais que 1,1 mil por dia na semana passada. Se continuar assim, o Brasil deve chegar na sexta-feira (26) com cerca de 56 mil mortes.

Fundação planeja fábrica no Brasil

Os empresários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles decidiram construir uma unidade de produção para vacinas contra a covid-19. Os testes começaram a ser feitos no sábado (20), na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em uma parceria com a fundação Lemann.

Se construída, a unidade, que custará cerca de US$ 30 milhões, será doada ao governo federal.

A vacina foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e obteve autorização da Anvisa no dia 3 para ser testada pela Unifesp.

UFPR desenvolve teste ao custo de R$ 10

Um grupo de pesquisadores da UFPR (Universidade Federal do Paraná) liderado pelo bioquímico Luciano Huergo desenvolveu uma metodologia para teste de covid-19 capaz de entregar o resultado em 15 minutos a um custo de R$ 10. Hoje, mesmo os testes mais baratos não custam menos de R$ 100.

A equipe busca agora uma parceria no mercado para a transferência da tecnologia, o que permitirá sua produção em larga escala.

O teste é do tipo imunológico, ou seja, aponta a presença de anticorpos no plasma sanguíneo de uma pessoa que tenha sido infectada pelo Sars-CoV-2 e já tenha desenvolvido imunidade ao vírus, o que ocorre cerca de dez dias depois da contaminação. A verificação é útil para fins de vigilância epidemiológica e para se atestar a eficácia de possíveis vacinas, por exemplo. “Para a retomada de atividades é fundamental ver o porcentual da população que já desenvolveu anticorpos contra o novo coronavírus”, explica Huergo.

O grande diferencial do teste criado pela equipe foi conseguir reproduzir antígenos do vírus (moléculas que acionam a produção de anticorpos) em laboratório. No caso do Sars-CoV-2, os principais antígenos são as proteínas nucleocapsídeo e Spike (N e S). “São os insumos mais caros para o desenvolvimento de testes imunológicos”, explica Huergo. Empresas de biotecnologia estrangeiras chegam a comercializar um miligrama dessas proteínas por 1 mil dólares, sem contar os custos de importação.