Opinião

Ano legislativo começa com bastante trabalho

Por Carla Hachmann

Para os mortais assalariados, e até os desempregados, o ano começa dia 1º de janeiro. Passada a euforia do champanhe e dos fogos, é hora de voltar ao batente pois as contas não dão trégua. Especialmente no início do ano.

Para o Legislativo (nacional, estadual e municipal), o ano “pula” janeiro e começa em fevereiro. Bom, enfim começou. E com bastante trabalho.

O Congresso tem importantes pautas para destrinchar. Algumas já em trâmite, como a PEC Emergencial, outras a chegar, como a reforma administrativa, e outra a começar a andar, como a reforma tributária – o governo pretende mandar um novo projeto que deve ser fundido aos que já estão em andamento.

Fato é que tudo isso precisa andar. O mais rápido possível, sob o risco de o Brasil não conseguir dar o passo que precisa para deixar a crise de vez para trás e voltar a crescer, reduzir o gigante grupo de desempregados e melhorar a renda/vida das pessoas.

A importância da celeridade tem ainda outro fator de peso: as eleições municipais no segundo semestre. Historicamente, alguns setores do País parecem parar quando tem eleição. E o Poder Legislativo é um deles. De olho nas bases para suas próprias eleições daqui dois anos, deputados e senadores deixam seus afazeres para meter o bedelho nas disputas municipais. E a pauta no Congresso tende a parar.

Além dos seus próprios problemas, que já são gigantes, o Brasil também sente duramente os efeitos dos problemas mundiais. Mas, como não podemos resolver o que acontece além das nossas fronteiras, podemos nos concentrar em dissolver nossos próprios entraves. Para isso, é preciso cada um cumprir a sua parte, e o governo e o Congresso fazerem a lição de casa.