Curitiba – A pandemia não deve afetar as compras de Natal. Pelo contrário, neste ano, o número de paranaenses que pretendem presentear aumentou. De acordo com a sondagem realizada pela Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná), 75,4% dos entrevistados têm a intenção de presentear. Em 2019, essa parcela era de 74%.
Observa-se que o distanciamento social forçado dos últimos meses fará com que as pessoas aumentem o valor dos presentes. Tanto que o tíquete médio terá um salto de 44%, ao passar de R$ 285 no ano passado para R$ 410,63. Ao que tudo indica, este será o Natal da compensação, já que muitas famílias não vão gastar em viagens e a ceia terá menos convidados, a tendência é caprichar nos presentes.
A maioria dos entrevistados pela Fecomércio PR (40,8%) planeja gastar entre R$ 201 e R$ 500. Neste ano, aumentou a parcela de paranaenses que pretendem investir mais em presentes: os que vão gastar entre R$ 501 e R$ 1.000 correspondem a 12,1%, ante 6,8% em 2019. Já os que vão despender mais de R$ 1.000 somam 8,8%, um aumento considerável em relação ao ano passado, quando apenas 2,3% planejavam desembolsar valores mais altos nas compras natalinas.
Os consumidores que planejam gastar um pouco menos, mantendo o orçamento na faixa de R$ 101 a R$ 200, correspondem a 26,7% neste ano, ante 37,8% em 2019. E os que vão gastar até R$ 100 somam 11,7%, sendo que no ano passado a parcela dos mais comedidos era de 14%.
Tipo de presente
Os itens de vestuário serão a principal escolha dos paranaenses, com 67,3% das citações. Os brinquedos foram mencionados por 49,6%, juntamente com as lembrancinhas, com 41,9%. Outros produtos mencionados foram cosméticos (34,4%), calçados (31,5%), artigos de livraria (15,4%), comidas e bebidas (13,3%) e eletrônicos (7,3%).
Local das compras
Apesar das lojas físicas ainda serem o local preferido, as compras pela internet praticamente dobrarão em relação ao ano passado, saindo de 12,8% para 25,4% em 2020. As lojas do centro da cidade devem receber 42% do volume de consumidores e os shoppings, 23,8%, enquanto as lojas de bairro serão a opção para 5,8%. A sondagem também verificou que 10,6% dos consumidores ainda não decidiram onde comprar.
Forma de pagamento
O pagamento à vista será a preferência dos consumidores, com 51%, somando compras no cartão de débito (33,5%) e em dinheiro (17,5%). No entanto, observa-se queda no uso do dinheiro em espécie e crescimento dos pagamentos em cartão, como forma de evitar o contato com cédulas.
As compras parceladas no cartão somam 27,7% – ante 29,8% em 2019 – e para o vencimento serão de 20,2% – ante 11% em 2019.
Impactos da pandemia
Boa parte dos entrevistados, 79,1%, declarara que a pandemia de covid-19 impactou na decisão de compra, sendo que 67,5% disseram que houve influência no valor do presente e 41,3% no número de pessoas presenteadas.