Descubra as recentes mudanças nas estimativas de inflação em Brasil e como elas afetam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
Descubra as recentes mudanças nas estimativas de inflação em Brasil e como elas afetam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Brasil - A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, foi revista de 4,4% para 4,36% este ano, conforme o boletim Focus publicado nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central. Para 2026, a estimativa passou de 4,16% para 4,1%, e para 2027 e 2028, as projeções são de 3,8% e 3,5%, respectivamente.

Pela quinta semana consecutiva, a previsão de inflação foi reduzida, alcançando o intervalo da meta de 3%, com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em novembro, a inflação foi de 0,18%, impactada pela alta nas passagens aéreas, enquanto em outubro havia sido 0,09%. A inflação acumulada em 12 meses está em 4,46%, dentro da meta do CMN.

Juros e Política Monetária


O Banco Central usa a taxa básica de juros, a Selic, como principal ferramenta para controlar a inflação. A taxa foi mantida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) pela quarta vez seguida, em resposta à desaceleração da economia. O BC não indicou quando começará a cortar os juros, destacando que o cenário atual exige cautela. A Selic está no nível mais alto desde julho de 2006 (15,25%), após ter sido elevada de 10,5% em maio de 2024.

A expectativa é que a Selic caia para 12,13% ao ano até o final de 2026, e para 10,5% em 2027, com a possibilidade de chegar a 9,5% em 2028.

PIB e Câmbio


A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu em 2,25%. Para 2026, a previsão é de 1,8% e, para 2027 e 2028, de 1,83% e 2%, respectivamente. No segundo trimestre de 2025, a economia brasileira cresceu 0,4%, impulsionada pela expansão dos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB teve alta de 3,4%, representando o quarto ano consecutivo de crescimento.

A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,40 no final deste ano, e R$ 5,50 no final de 2026.

Fonte: Agência Brasil