PARANÁ

Ipardes divulga índice de preços de alimentos e bebidas de setembro

Alta nos preços de alimentos e bebidas em setembro no Paraná. Saiba mais sobre a variação mensal e os produtos que tiveram queda nos preços - Foto:  Roberto Dziura Jr/AEN
Alta nos preços de alimentos e bebidas em setembro no Paraná. Saiba mais sobre a variação mensal e os produtos que tiveram queda nos preços - Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

O Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR-Alimentos e Bebidas) do Estado do Paraná registrou, em setembro, alta de 0,72%, revertendo a tendência de queda observada nos meses de julho e agosto.

Esse resultado foi reflexo de aumentos constatados em todos os municípios em que a pesquisa é realizada. A maior variação mensal ocorreu em Ponta Grossa, 1,44%; na sequência vieram Foz do Iguaçu (0,78%), Curitiba (0,68%), Londrina (0,61%), Cascavel (0,54%) e Maringá (0,29%).

Mesmo com a elevação registrada, 11 dos 35 produtos que compõem o IPR tiveram queda nos preços, com destaque para a cebola (-18,73%), batata-inglesa (-6,58%) e alho (-4,35%). A redução na cebola foi de -22,09% em Curitiba, de -20,91% em Cascavel, de -19,06% em Londrina, de -19% em Maringá, de -17,08% em Ponta Grossa e de -14,02% em Foz do Iguaçu.

Segundo o diretor de Estatística do Ipardes, Marcelo Antonio, safras satisfatórias contribuíram para que a cebola, a batata e o alho apresentassem queda de preços no mês de setembro.

Entre os itens que registraram aumentos em setembro estão a laranja-pera (7,20%), café (6,40%) e feijão-preto (6,25%). A laranja-pera sofreu acréscimo de 9,37% em Londrina, de 8,70% em Curitiba, de 8,38% em Maringá, de 8,04% em Cascavel, de 7,91% em Ponta Grossa e de 1,02% em Foz do Iguaçu.

“O aumento no preço da laranja está diretamente relacionado à falta de chuva em regiões produtoras, causando uma escassez de oferta da fruta em momento de demanda aquecida”, explica Marcelo Antonio.

No caso da elevação dos preços do café, ele explica que, além de o produto também ter sido afetado pela seca, há uma forte demanda externa pelo café produzido no Brasil, diante das quebras de safras ocorridas em grandes produtores do produto, como o Vietnã.

“Assim, há menor disponibilidade de café no mercado doméstico, impulsionando o preço da bebida. Em relação ao feijão-preto, a elevação do preço se deu tanto pelo incremento das exportações quanto pelo fim de safra, que reduziu a oferta interna”, explica Marcelo Antonio.

PREÇOS DE 12 MESES 

Sob a ótica da variação acumulada nos últimos 12 meses, o índice assinalou reajuste de 9,05% no Paraná. Já em termos regionais, entre outubro de 2023 a setembro de 2024, o IPR apresentou elevação de 10,50% em Foz do Iguaçu, de 10,22% em Londrina, de 10,13% em Ponta Grossa, de 9,44% em Cascavel, de 7,98% em Maringá e de 6,06% em Curitiba.

Nos últimos 12 meses as quedas mais relevantes foram observadas em tomate (-32,59%), margarina (-9,79%) e molho e extrato de tomate (-4,58%).

O tomate apresentou queda de -38,42% em Maringá, de -36,58% em Curitiba, de -36,48% em Cascavel, de -30,07% em Ponta Grossa, de -29,74% em Londrina e de -23,03% em Foz do Iguaçu.

Por outro lado, as principais altas acumuladas ocorreram em laranja-pera (79,84%), batata-inglesa (66,86%) e maçã (27,30%).  Londrina apresentou o maior aumento no preço da laranja-pera, 92,54%, acompanhado por Cascavel, 87,35%, Maringá, 82,47%, Ponta Grossa, 79,96%, Curitiba, 78,35% e Foz do Iguaçu, 62,85%.

PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES 

A contribuição em pontos percentuais, que corresponde à influência ponderada de cada um dos itens no resultado agregado do IPR – Alimentos e Bebidas, foi mais influenciada pelas variações dos preços do café (0,46%), costela bovina (0,10%) e óleo de soja (0,09). Seguraram maior avanço nos preços a cebola (-0,24%), batata-inglesa (-0,11%) e ovo de galinha (-0,08%).

ÍNDICE 

O Ipardes divulga mensalmente a variação do Índice de Preços Regional – Alimentos e Bebidas. Os preços para o cálculo são extraídos de, aproximadamente, 382 mil registros das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) emitidas por 366 estabelecimentos comerciais dos seis municípios onde é feita a coleta e disponibilizadas pela Receita Estadual do Paraná, respeitando os critérios de sigilo fiscal.

Fonte: AEN