Cascavel – Após um primeiro bimestre lento, as exportações do oeste do Paraná voltaram a ganhar força em março e abril e fecham o primeiro quadrimestre do ano empatando com 2020. No ano, o maior crescimento é de abril, 17,5% maior que o mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 188,390 milhões vendidos para fora do País. Os números compreendem os oito maiores exportadores, que representam cerca de 97% das exportações de toda a região.
Com a aceleração de abril, o acumulado em 2021 sobe para US$ 594,997 milhões, 0,11% menor que o de 2020. Contudo, apesar da recuperação, o número ainda é 17,8% menor que o de 2019, quando a região vendeu US$ 723,864 milhões nos primeiros quatro meses, o melhor desempenho da história.
Após um ano de 2019 histórico, com exportações recordes, a região iniciou 2020 já sentindo os efeitos do alastramento do novo coronavírus, que começou pela China, o principal comprador da região. Problemas de transporte e, depois, de consumo, prejudicaram as exportações de 2020. No quadrimestre, continua com o segundo melhor resultado da história.
Por falar em China, o maior parceiro da região foi responsável por 30% das exportações deste ano, totalizando US$ 178,574 milhões, queda de 17% em relação a 2020. O destaque está com o Paraguai, que já comprou 62% a mais neste ano, totalizando US$ 85,372 milhões, subindo para 14,3% sua participação nas vendas da região.
Apesar da queda do Japão, que comprou 31% menos neste ano, destaque para as Filipinas, que importaram 224% a mais de produtos do oeste do Paraná.
Dentre as cidades exportadoras, a maior recuperação é de Foz do Iguaçu, que cresceu 80,4% em um ano, mas vale lembrar que as pontes da Amizade (Paraguai) e da Fraternidade (Argentina) foram fechadas dia 18 de março de 2020, e a primeira só reaberta em outubro, enquanto a outra segue fechada.
Cascavel se mantém como maior exportadora, seguida por Palotina, que voltou ao segundo lugar, que havia sido tomado por Cafelândia ano passado.
Produtos – A melhora na balança de abril tem ligação com aumento nas exportações de frango, o principal produto da região, e soja, que estava praticamente parada no início do ano por falta de estoque. A safra está no fim da colheita.
Apesar da recuperação, os números ainda estão menores que os de 2020. O complexo de carnes soma US$ 448,494 milhões, queda de 6% em relação ao ano passado, e o de soja totaliza US$ 37,134 milhões, 10,8% menor que há um ano.
Apesar dos bons preços, a exportação de milho segue praticamente parada, em função da falta de estoques. Neste ano, foram comercializados US$ 62 mil do cereal, 98,4% a menos que em 2020, que no quadrimestre já somava US$ 3,949 milhões e dava início à explosão dos preços da commodity.
Carro-chefe da região, a avicultura é responsável por 63,9% das exportações deste ano, contra 69,6% em 2020. Apesar dos bons preços, o setor tem alimentado o mercado interno, que vem sendo pressionado pela disparada dos preços das carnes bovina e suína.