Curitiba – A China suspendeu as atividades no terceiro maior terminal de contêineres do mundo após surto de covid-19, afetando o preço do frete e o tráfego de embarcações. Até ontem, ao menos 350 navios porta-contêineres estavam esperando fora dos portos para seguir viagem, de acordo com a VesselsValue, que monitora o tráfego de embarcações do mundo.
Como a China é a maior parceira comercial do Paraná e responsável por 30% das exportações do oeste, a decisão trará grandes consequências ao Estado. Segundo o consultor Nilson Camargo Hanke, técnico do departamento técnico e econômico do sistema Faep/Senar-PR, “vamos esperar por uma situação de delicadeza”.
Ele diz que é cedo para avaliar a medida do impacto, mas cita que o País já sofre com a falta de contêineres para exportação e qualquer paralisação complica o cenário. “Isso vai se agravar mais ainda com essa situação da China; são 350 porta-contêineres, o que vai trazer consequência para nós”.
De acordo com o jornal Financial Times, um surto de coronavírus levou à paralisação parcial do porto de Ningbo-Zhoushan na semana passada, e a suspensão do transporte de contêineres de entrada e saída reduziu a capacidade do porto em um quinto.
Com isso, cerca de 350 navios porta-contêineres estão esperando fora dos portos para seguir viagem, de acordo com a VesselsValue, que monitora o tráfego de embarcações do mundo.
O congestionamento elevou a capacidade ociosa da frota global para 4,6%, acima dos 3,5 % no mês passado, de acordo com dados da Clarksons Platou Securities.
O engarrafamento de cargueiros já se refletiu sobre os preços do frete, que dispararam para cerca de US$ 15.800, considerando o transporte de um contêiner de 40 pés da China para a costa oeste dos EUA – salto de dez vezes em relação ao nível pré-pandemia, de acordo com o provedor de dados Freightos.