Cascavel – A Câmara de Cascavel vai encerrar o ano no “olho do furacão” por conta de uma ação de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito proposta pelo promotor público Sergio Machado contra os vereadores João Paulo de Lima (PSD), Jaime Vasatta (PTN) e Gugu Bueno (PR), bem como contra o empresário e ex-secretário municipal Luciano Márcio Fabian.
Proposta na sexta-feira (11), a ação tem 42 páginas e reúne gravações telefônicas, mensagens de celular, prints e imagens de câmeras de segurança da Câmara. A imagem mais comprometedora mostra João Paulo recebendo dinheiro em espécie – supostamente R$ 3 mil – das mãos de Fabian.
O representante do MP afirma acreditar que essa imagem seja referente ao caso de cobrança de propina para a aprovação do Loteamento Riviera pela Câmara e que culminou com a prisão temporária do também vereador Paulo Bebber, que segue recebendo o salário mesmo estando afastado do mandato por decisão judicial.
De acordo com o promotor, a gravação, feita ainda em 2013, foi usada para pressionar João Paulo a se posicionar sobre outro caso polêmico: o da CPI das Pedras, que terminou arquivado.
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Ainda de acordo com a denúncia, Jaime Vasatta, João Paulo e Gugu Bueno se reuniram no dia 20 de junho para elaborar um parecer inconclusivo para ser levado ao julgamento dos parlamentares, justamente para evitar a cassação de Bebber.
Empréstimo
O vereador João Paulo de Lima revelou ontem que já foi ouvido pelo promotor Sergio Machado sobre o assunto. Ele disse ao representante do MP que é vizinho do ex-secretário municipal Luciano Fabian, frequenta seu supermercado e já pediu a ele dinheiro emprestado. A gravação, alegou, seria de um desses empréstimos.
