Cotidiano

Umuarama registra mais de 1600 casos de dengue

Tudo isso mostra que ainda falta consciência da população, na análise do prefeito Celso Pozzobom e das autoridades do setor de saúde.

Umuarama registra mais de 1600 casos de dengue

Umuarama tem hoje 1.617 casos confirmados de dengue, dentre as 5.966 notificações registradas desde agosto de 2019 – início do atual ano epidemiológico. Outros 1.591 casos foram descartados por exames e 2.758 suspeitas seguem em investigação. Os números aumentam dia após dia, apesar do recorde de recolhimento de materiais inservíveis registrados pelo Programa Bairro Saudável neste ano (1.422 toneladas, mais do que todos os anos anteriores somados) e das medidas de controle, fiscalização e ações de enfrentamento realizadas pelo município, como mutirões, visitas domiciliares, vistorias aéreas (com apoio de um drone) e divulgação institucional.

Tudo isso mostra que ainda falta consciência da população, na análise do prefeito Celso Pozzobom e das autoridades do setor de saúde. “A dengue faz parte da cultura do povo. Todo mundo sabe como ela se propaga e o que é preciso fazer para conter sua expansão. Basta eliminar os recipientes que acumulam água e acabar com os criadouros do mosquito, que ficam nas casas e quintais da população. Porém, não basta saber, tem que fazer”, apontou o prefeito.

A alta incidência de dengue está diretamente ligada à infestação da cidade pelo mosquito transmissor, o Aedes aegypti. “Sem mosquito, não teríamos a dengue. Mas infelizmente a população tem descuidado”, disse a secretária municipal de Saúde, Cecília Cividini.

“O trabalho dos agentes de combate a endemias (ACE) mostra que a maioria dos criadouros está dentro dos quintais, onde as pessoas deveriam estar neste momento em que enfrentamos outro problema sério, que é a pandemia de coronavírus. E estando em casa, é muito importante eliminar os criadouros e acabar com os focos do mosquito”, recomenda.

Neste ano, o Programa Bairro Saudável – que envolve várias secretarias da administração municipal – registrou coleta recorde de móveis velhos, materiais inservíveis e utensílios domésticos com potencial de acumular água e favorecer a reprodução do mosquito: foram 1.442 toneladas coletadas em todos os bairros da cidade e também nos distritos.

Quadrantes

A cidade foi dividida em regiões conforme a localização das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os maiores volumes foram recolhidos nos bairros Guarani/Anchieta (218,5 toneladas), no Conjunto 26 de Junho (106,5 toneladas) e na região da UBS Bem-Estar (96,6 toneladas), mas os volumes foram altos em todos os setores.

“Isso mostra que a Prefeitura tem feito a sua parte, dando opções para a população manter os seus quintais limpos. Além do bairro saudável temos coleta semanal de recicláveis e coleta diária regular de lixo doméstico em todas as ruas da cidade. Não faltam alternativas aos moradores para eliminar os criadouros de suas casas, basta ficar atento e fazer vistorias diárias para encontrar os recipientes de água parada, principalmente após as chuvas”, recomenda o prefeito Celso Pozzobom.

O arrastão recolheu 218,5 ton de entulhos no Guarani e na Anchieta, 106,5 ton no 26 de Junho e 96,6 ton na região da UBS Bem-Estar

Tiago Boing/Assessoria-PMU

Vistorias continuam

Apesar das restrições por conta do combate ao coronavírus, as vistorias nos imóveis mais críticos estão mantidas. “Nossos agentes estão evitando contato direto com pessoas dos grupos de risco, mas o trabalho continua firme. Nesta quarta-feira, 8, estaremos com mutirão pelas ruas de Serra dos Dourados, com apoio do pessoal das secretarias de Esporte e Lazer e da Administração, e na quinta-feira o mesmo trabalho acontecerá no distrito de Lovat”, informou o coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, Carlos Roberto da Silva.

Para a coordenadora de Vigilância em Saúde, Maristela de Azevedo Ribeiro, mesmo com a população teoricamente dentro de casa, pouca coisa mudou em relação aos cuidados com a dengue. “O controle da dengue está nas nossas mãos. Precisamos voltar os olhos para nossas casas e eliminar os criadouros, para diminuir o contágio e preservar a nossa saúde”, orientou.