WASHINGTON ? No passado, o republicano Donald Trump manteve relações de negócios com pessoas ligadas a organizações mafiosas. É o que diz o “Wall Street Journal” em uma publicação desta quinta-feira que rastreia o caminho percorrido pelo então jovem e ambicioso empresário a partir de 1981. Segundo o jornal, o atual candidato à Presidência dos EUA tinha parceiros de trabalho bastante questionáveis no início da sua carreira, quando decidiu entrar no mundo dos cassinos de Atlanta.
Embora reconhecesse que se envolver neste tipo de empreendimento seria um risco para a reputação da sua família, o jovem Trump optou por construir um cassino na cidade. E o bom negócio lhe gerou frutos, a ponto de ter mais tarde virado proprietário de outros três estabelecimentos do tipo, segundo o jornal americano.
O magnata utiliza seu sucesso no mundo dos empreendimentos imobiliários para atrair eleitores na campanha presidencial. No entanto, também neste ramo houve vezes em que Trump manteve relações com pessoas ligadas ao crime organizado, diz o “Wall Street Journal”.
Dentre estas pessoas, estariam um homem descrito pelas autoridades com um agente da máfia na Filadélfia; um homem conhecido no mundo dos jogos e apostas, que já foi condenado por fraude fiscal e barrado nas pistas de corrida de Nova York; um líder sindical condenado por extorsão; e um empresário de imóveis condenado em um esquema de ações que envolvia diversos mafiosos.
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O jornal reporta que, com apenas uma exceção, estas associações já ficaram em um passado distante. Mas, ainda assim, as informações contradizem o discurso do magnata em sua campanha. Ele garante que é “o cara mais limpo que existe”.
? Se as pessoas fossem como eu, não haveria máfia, porque eu não jogo o jogo ? já afirmou o candidato republicano.
Na época destas atividades, nos anos 1980, Trump se reuniu com agentes da segurança federal. O FBI lhe aconselhou que tomasse cuidado com as relações de trabalho que mantinha.
? Trump não construiria a Trump Tower sem estas conexões. Todo construtor de Nova York tinha que fazer isso ao mesmo tempo ? afirmou Michael Cody, o filho de John Cody, um líder sindical ligado à mafia, hoje já falecido, com quem Trump negociou no passado.
