Cotidiano

TCE-PR emite 17 recomendações para melhorar o transporte público de Cascavel

Confira as 17 recomendações

 Foto: Arquivo Hoje News
Foto: Arquivo Hoje News

Cascavel – Após auditoria realizada em 2019, o Pleno do TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná) homologou 17 recomendações para melhorar o transporte público de Cascavel. As recomendações foram feitas pela Caud (Coordenadoria de Auditorias), ao executar o PAF (Plano Anual de Fiscalização) ano passado.

Na ocasião, foi analisada a gestão do sistema de transporte público municipal por parte da Prefeitura de Cascavel, em especial no que diz respeito ao planejamento, à contratação e ao desempenho da prestação dos serviços.

Como resultado do procedimento fiscalizatório, os analistas encontraram sete impropriedades: o Plano Municipal Viário e de Transporte (PMVT) não segue diretrizes da Lei de Mobilidade Urbana; a adoção dos aspectos referentes à dimensão econômica do contrato carece de motivação; o sistema de transporte público municipal não está estruturado de forma a oferecer um serviço adequado e eficiente, além de não oferecer condições adequadas de acessibilidade e não atender, de forma conveniente, a população; a infraestrutura de tecnologia da informação (TI) é insuficiente para garantir a integridade dos dados de bilhetagem, bem como para captar dados suficientes para o bom gerenciamento do sistema; e a estrutura de fiscalização da prestação dos serviços é deficiente.

Para saná-las, a coordenadoria apresenta 17 recomendações, conforme o quadro abaixo.

RECOMENDAÇÕES

  1. Inserir no PMVT a origem dos recursos que serão investidos no sistema de transporte coletivo.
  2. Inserir metas e diretrizes relativas à qualidade e à universalização do serviço no PMVT imediatamente e na próxima contratação.
  3. Fiscalizar metas e diretrizes do plano.
  4. Realizar pesquisa de origem e destino domiciliar para subsidiar a próxima licitação do sistema com estimativa adequada da demanda.
  5. Estruturar projeto econômico-financeiro para o próximo certame relativo ao serviço a exemplo do modelo contido no Guia de Mobilidade do BNDES.
  6. Viabilizar estrutura adequada para o levantamento permanente dos preços de insumos relacionados à tarifa e à execução contratual.
  7. Realizar planejamento para substituir periodicamente as paradas de ônibus inadequadas.
  8. Adequar as paradas de ônibus por meio de Projeto Básico Padrão adequado às normas de acessibilidade.
  9. Reformar todos os terminais visando à adequação às normas de acessibilidade.
  10. Elaborar um plano de adequação periódica da infraestrutura urbana para que o trânsito de pessoas com mobilidade reduzida seja possível.
  11. Elaborar estudos para adequação da oferta à demanda.
  12. Utilizar permanentemente os dados captados mediante a utilização de TI para mitigar os problemas relacionados à demora para a integração entre linhas.
  13. Implantar uma estrutura de centro de controle e operações (CCO) com sistemas adequados de TI para acompanhar, gerenciar e controlar a operação do sistema.
  14. Executar procedimentos periódicos para validar as informações do sistema de bilhetagem eletrônica.
  15. Incluir o sistema de bilhetagem eletrônica na próxima licitação para concessão do sistema, deixando-o sob a titularidade do Município.
  16. Acompanhar os componentes dos custos tarifários por meio da estruturação de um CCO.
  17. Inserir metas e diretrizes relativas à qualidade e à universalização do serviço no Plano Municipal de Mobilidade Urbana.