Cotidiano

'Quinto do ouro': conselheiros ficarão presos em penitenciárias após exame no IML

INFOCHPDPICT000066031239

RIO – Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), presos temporariamente na operação “O Quinto do Ouro” nesta quarta-feira, farão exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio. De lá, deverão seguir para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em Benfica, onde serão encaminhados para presídios do Rio. Ainda não se sabe em quais penitenciárias eles ficarão presos.

Quinto do Ouro

Os alvos foram os conselheiros Aloysio Neves (atual presidente), José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar, José Maurício Nolasco e Domingos Brazão. Este último deverá ser encaminhado para um presídio diferente, já que, ao contrário dos outros conselheiros, Brazão não possui curso superior. Além dos mandados, foram também determinados de bloqueios de bens e valores dos envolvidos. O ex-presidente do TCE, Jonas Lopes de Carvalho, delator do esquema, pediu licença no final do ano passado.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), e o presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), Lélis Marcos, foram alvos de condução coercitiva. Eles foi levado para depor na Superintendência da Polícia Federal e deixaram o local, sem falar com a imprensa.

Eles são suspeitos de participar de dois esquemas de arrecadação de propina para fazer vista grossa para irregularidades praticadas por empreiteiras e empresas de ônibus que operam no estado.

A operação de hoje tem como principal base, além da delação do ex-presidente do TCE Jonas Lopes de Carvalho Filho, a de seu filho, o advogado Jonas Lopes de Carvalho Neto, homologadas recentemente pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Félix Fischer, que autorizou os mandados de prisão e condução coercitiva. Um deles contra o subsecretário de Comunicação do governo estadual, Marcelo Santos Amorim.

O nome dado à ação, “O Quinto do Ouro”, é uma referência ao imposto correspondente a 20% que a Coroa Portuguesa cobrava dos mineradores de Ouro no período do Brasil Colônia. A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) e da PF cumpre, desde as 6h desta quarta-feira, 43 mandados, a maioria deles na cidade do Rio, em Duque de Caxias e em São João de Meriti.