Cotidiano

Petrobras tem o maior lucro desde 2011

Rio de Janeiro – A Petrobras fechou o segundo trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 10,07 bilhões, alta de 45% em relação ao primeiro trimestre, quando o lucro foi de R$ 6,96 bilhões. É o melhor resultado desde 2011. No segundo trimestre do ano passado atingiu R$ 316 milhões.

Com o resultado, a Petrobras fechou o primeiro semestre do ano com um lucro líquido de R$ 17 bilhões. Segundo a empresa, o “resultado positivo foi influenciado principalmente pelo aumento das cotações internacionais do petróleo, associado à depreciação do real em relação ao dólar”.

No mesmo período, o endividamento líquido caiu 13% em relação a dezembro de 2017, indo para US$ 73,66 bilhões, o menor desde 2012.

A geração operacional e a entrada de caixa de US$ 5 bilhões com os desinvestimentos no semestre foram os principais fatores para a redução da dívida líquida, cujo total passou a corresponder a 3,23 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado), comparado a 3,67 no fim de 2017.

O desempenho das operações da empresa manteve tendência positiva que já vinha sendo registrada em trimestres anteriores, com um lucro operacional 18% maior que o do primeiro semestre de 2017, totalizando R$ 34,5 bilhões, com menores despesas gerais e administrativas e menores gastos com ociosidade de equipamentos.

A produção total de óleo e gás foi de 2,7 milhões barris de óleo equivalente por dia (boed) no semestre.

 

US$ 15 bilhões de investimentos

Os investimentos da Petrobras este ano deverão totalizar US$ 15 bilhões, volume US$ 2 bilhões menor que os US$ 17 bilhões previstos inicialmente.

O presidente da estatal, Ivan Monteiro, disse que a empresa manterá o investimento de US$ 74,5 bilhões previstos no planejamento estratégico para os próximos cinco anos, “tendo em vista os resultados alcançados e o monitoramento constante do Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2018-2022”.

Em reais, foram investidos neste último trimestre do ano pouco mais de R$ 11 bilhões, resultado 1,23% menor do que em igual período do ano passado, mas 14% superior ao do primeiro trimestre deste ano.

A maior parte dos investimentos foi direcionada à área de exploração e produção (E&P), que recebeu R$ 9,717 bilhões neste segundo trimestre, seguido da área de abastecimento e refino, cujos investimentos totalizaram R$ 930 milhões, queda de 12% em relação ao segundo trimestre do ano passado.