O carioca Pedro Andrade precisou superar uma intoxicação alimentar no México, o calor insuportável do verão do Sudeste Asiático e, como se fosse pouco, entrou ainda no esgoto (ele não conta onde para não estragar a surpresa) durante as gravações da segunda temporada de ?Pedro pelo mundo?. Exibido pelo GNT, o programa volta amanhã, às 22h30m, em dez episódios, com a missão de ?abordar o mundo em que a gente vive de maneira autêntica?, nas palavras do apresentador.
? O mercado de programas de viagens está saturado. Desde o início, a proposta era visitar lugares que estão passando por transformações irreversíveis, sempre focando o aspecto humano das mudanças. Não tenho como meta sugerir destinos, dar dicas ou ajudar no planejamento de uma possível aventura ? esclarece.
Pedro viajou para lugares como México (destino do programa de estreia), Camboja, Japão, Alemanha, Coreia, África e Portugal para gravar a nova temporada. Durante a jornada, comeu pela primeira vez tarântulas, sopa de cobra e até feto de pato. Experimentar o desconhecido não é um problema para o apresentador, que se diz um privilegiado por conhecer o mundo a trabalho.
? Minha avó sempre disse que o bom viajante viaja antes, durante e depois. Até fazer as malas é uma delícia.
Para ele, o melhor de uma viagem é o autoconhecimento que ela pode proporcionar, ?se estivermos abertos a isso?, destaca. Pedro garante não se estressar nem mesmo quando as coisas saem do roteiro previsto:
? Parte do programa depende dos imprevistos. O telespectador não tem mais interesse numa postura perfeita, sempre polida. Se alguma coisa ?dá errado?, a gente imediatamente incorpora aquilo no roteiro e surfa naquela situação. Se eu como algo que detesto, sou verdadeiro em relação ao que estou sentindo. A vida é assim. Às vezes pessoas nos decepcionam. Frequentemente lugares nos surpreendem, e quase sempre a nossa reação é infinitamente mais importante que a nossa ação.
Desta vez, o carioca voltou com novas e marcantes paisagens gravadas na memória:
? Os templos do Camboja, a planície de sal de Botswana e o cruzamento mais lotado do mundo, o Shibuya (no Japão) foram inesquecíveis.
Elementos exóticos
Para o apresentador, gravar ?Pedro pelo mundo? exige grande entrega emocional. Ele conta que a escolha dos países visitados foi elaborada em etapas.
? Antes de mais nada, me sento com os diretores (Tatiana Issa e Guto Barra) para discutirmos ideias. Sempre levamos em consideração as mudanças locais de cada lugar.
O passo seguinte, diz, é pesquisar e detalhar melhor as pautas. Após tudo isso, a proposta com os destinos é apresentada ao GNT.
? É importante equilibrar a temporada para que as histórias não fiquem repetitivas. Tentamos incluir elementos mais exóticos, lugares aparentemente perfeitos, porém cheios de problemas, cidades urbanas, regiões muito isoladas…
E o que fica após visitar 20 países para o programa?
? Apesar das paisagens inesquecíveis e das aventuras, o que efetivamente muda a minha vida são os encontros que as experiências proporcionaram.