Curitiba – O trabalhador de uma fábrica de veículos automotores no Paraná tem uma produtividade maior do que os empregados de linhas de produção do setor nos demais estados. O valor gerado por um empregado paranaense no setor por ano de R$ 305,2 mil é quase o dobro da média brasileira, de R$ 164,5 mil.
A conclusão é de um levantamento do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social), que levou em conta a proporção entre valor bruto da transformação das empresas e o número de empregados do setor em cada estado. O setor emprega 44,7 mil pessoas no Paraná, que ficou à frente da Bahia, com R$ 239,7 mil, Goiás (R$ 226,4 mil), Rio de Janeiro (R$ 223 mil) e São Paulo (R$ 158,4 mil).
A oferta de mão de obra mais qualificada, fábricas relativamente novas e investimentos em capacitação ajudam a explicar o desempenho do Paraná, de acordo com o diretor presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior. Cerca de 78% dos trabalhadores do setor automotivo no Estado têm, pelo menos, o ensino médio completo. A parcela dos trabalhadores que terminaram o ensino superior chega a 18%. É um indicador alto para os padrões nacionais diz Julio Suzuki Júnior, presidente do Ipardes.
A alta produtividade por empregado no Paraná tem ajudado a atrair mais investimentos produtivos para o Estado. Desde 2011, somente as montadoras de automóveis e caminhões já investiram R$ 4,2 bilhões em novas fábricas e linhas de produção no Paraná.
Em produção, o Paraná é o terceiro maior polo automotivo do País, atrás de São Paulo e Minas Gerais. A indústria automotiva é a segunda mais importante do Paraná, atrás apenas da de alimentos.