Cotidiano

OMS recomenda que casais adiem gravidez por causa de zika

microcefalia.jpgRIO – O jornal New York Times publicou esta semana uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) na qual o órgão orienta mulheres e casais que vivam em países onde já está comprovada a contaminação pelo vírus zika ou que tenham estado recentemente nestes locais, que adiem os planos de engravidar em pelo menos oito semanas ou em até seis meses nos casos em que o homem tenha apresentado os sintomas da doença. zika

Esta é uma medida para evitar o nascimento de bebês com microcefalia. De acordo com a publicação, esta recomendação afeta milhões de pessoas que vivem em 46 países da América Latina e do Caribe.

O número de registros da doença explodiu este ano. Apenas no Rio de Janeiro, de 1º de janeiro até 30 de maio, foram notificados 26.579 casos. O mês com maior quantidade ? 7.232 ? foi fevereiro. Em maio, o volume de notificações caiu bastante, para apenas 702.

PLANOS DE SAÚDE VÃO COBRIR EXAMES DE ZIKA PARA GRUPOS DE RISCO

Os planos de saúde vão ser obrigados a cobrir despesas com exames para detectar a presença do vírus zika no sangue de gestantes, bebês filhos de mães com suspeita da doença e recém-nascidos com má-formação congênita causada pelo micro-organismo. A decisão está numa resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, alterando a lista de casos de cobertura obrigatória pelos planos. A medida entra em vigor no dia 7 de julho.

? Depois que tivemos uma epidemia, organizamos um grupo técnico para enfrentar a situação. Não fizemos antes porque estávamos preparando a rede particular para se articular e também para saber qual seria a população-alvo para fazer esse tipo de exame ? disse Karla Coelho, diretora de Normas e Habilitação de Produtos da ANS. ? Em 30 dias, a norma já estará valendo. Essa discussão ocorre desde o ano passado. As operadoras participaram dos debates e vão precisar cumprir a regra. Se isso não ocorrer, poderão ser multadas. Basta que o usuário informe a ANS.

zika.jpgNo Rio, os preços dos exames para diagnosticar a doença variam bastante entre os laboratórios. No caso do teste PCR, por exemplo, empregado para diagnósticos na fase mais aguda da doença, a diferença ultrapassa os 100%. Na rede Richet, o exame saía ontem por R$ 400. Na Labs D?Or, custava R$ 550, enquanto no Sérgio Franco eram cobrados R$ 980.

No caso dos exames do tipo IGM (capazes de detectar o vírus ainda no estágio inicial) e IGG (confirma se o paciente teve ou não contato com o zika em algum momento da vida), os preços iam de R$ 200 (Richet), passavam por R$ 209 (Sérgio Franco) e chegavam R$ 262,50 (Labs D?Or).