Cotidiano

Focos de ferrugem asiática sobem 42% em uma semana na região

Cafelândia é o município com maior número de casos da doença

Cascavel – O excesso de chuvas como o registrado nesta estação do ano preocupa os agricultores que dependem, sobretudo, da safra de soja. Devido às condições do tempo, maquinários encontram dificuldades de ir ao campo aplicar os fungicidas para o controle da cultura. Com isso, crescem os casos de ferrugem asiática.

Em uma semana, subiram 42% os focos da doença nas lavouras paranaenses, passando de 82 para 117 registros. O município mais afetado pela doença na região Oeste é Cafelândia, com três ocorrências. Na sequência aparecem Cascavel, Assis Chateaubriand, Toledo, Tupãssi, Ouro Verde do Oeste, Marechal Cândido Rondon, Palotina e São Pedro do Iguaçu, cada um com um foco confirmado.

Como o plantio na maior parte das lavouras da região ocorreu mais cedo, o ciclo da soja segue para a fase final e com isso os riscos aumentam.

“Neste período ocorre a multiplicação dos esporos da ferrugem asiática e sem condições do manejo adequado no campo, a doença se espalha”, explica o técnico de uma cooperativa, Fernando Fávero.

Segundo ele, embora sejam repassadas orientações aos agricultores, as condições do tempo decorrentes do fenômeno El Niño não têm favorecido.

“Tem chovido todos os dias. Muitas vezes o produtor inicia a aplicação dos produtos de manhã e à tarde a chuva o impede de concluir o trabalho”, acrescenta Fávero. Nesta safra, foram necessárias, em média, três aplicações de fungicidas nas lavouras.

Na região de Cafelândia, 150 mil hectares foram destinados ao cultivo da soja. Apesar do prejuízo que os produtores terão por conta da ferrugem, ainda assim as perdas serão menores se comparadas às áreas de plantio em Cascavel.

“Neste momento estimamos 5% de perda, mas é possível que o volume se agrave até a colheita”, considera o técnico.

(Com informações de Romulo Grigoli)