
? Nós ficamos realmente surpresos ? resumiu o co-autor do estudo e neurocientista Juergen Kornmeier, da Universidade de Freiburg. ? Pode existir alguma ambiguidade em outros aspectos, mas não no sentido de feliz versus triste.
Gif Mona LisaA equipe de pesquisa usou a famosa obra de arte para entender os fatores que influenciam a maneira como os humanos analisam pistas visuais, como as expressões faciais.
Usando uma cópia em preto e branco da obra prima do século XVI, a equipe manipulou a região da boca da Mona Lisa resultando em oito imagens alteradas ? de forma a ter quatro Giocondas levemente “mais tristes” e quatro “mais felizes”.
Um conjunto de nove imagens foi mostrado 30 vezes a 12 participantes. A cada exibição do conjunto, com uma ordem aleatória das imagens, os participantes precisaram classificá-las como expressando felicidade ou tristeza.
? Sabendo das descrições da história da arte, achamos que a pintura original seria a mais ambígua ? apontou Kornmeier.
Em uma segunda fase do experimento, foram mostradas oito versões “mais tristes” da Mona Lisa ? mesmo assim, a Gioconda original foi descrita como feliz, porém com uma resposta menos rápida do que na primeira fase.

? Nosso cérebro busca escanear o campo muito rapidamente. Nós notamos o ambiente geral, e depois adaptamos nossas estimativas.
Segundo Kornmeier, o entendimento deste mecanismo pode ser útil no estudo de distúrbios psiquiátricos, uma vez que pessoas afetadas podem ter alucinações causadas por um descompasso entre o processamento no cérebro de estímulos sensoriais e a memória.