Cotidiano

Em quatro meses, número de alunos com nome social em SP cresce 59%

SÃO PAULO – Em pouco mais de um ano, o número de alunos em São Paulo que adotou o nome social passou de 44 para 290. O aumento de 559% foi registrado pela equipe técnica de Diversidade Sexual e de Gênero da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CEGB), e divulgado pela secretaria de Educação do Estado. Deliberação de 2014 permitiu a inclusão, além do nome civil dos interessados, o nome social de travestis e transexuais nos registros escolares do Estado.

O primeiro levantamento, feito no início de 2015, apontou 44 pedidos de inclusão. Em dezembro daquele mesmo ano, o Estado contabilizou 182 mudanças. Em abril último já havia 290 – um aumento de 59% em quatro meses.

Segundo a CEGB, 78% das solicitações é de pessoas que querem ser chamadas por nome social feminino, enquanto 22% são de quem quer ser chamado pelo nome social masculino. A equipe apontou ainda que 26% daqueles que usam o nome social são menores de 18 anos.

Ainda de acordo com o levantamento, 65% desses estudantes estão matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os outros 35% estão nos ensinos Fundamental e Médio Regular.

O estudante que quiser incluir seu nome social precisa fazer um pedido na instituição de ensino, que terá sete dias para mudar o sistema de cadastro de alunos.