
De acordo com a pesquisa, que analisou dados de cerca de 160 mil pessoas, a chance de morte de um fumante de 70 anos ou mais é três vezes maior do que a de uma pessoa da mesma idade que nunca fumou, e também superior à probabilidade de um ex-fumante.
Os cientistas analisaram a quantidade de cigarros consumidos por dia durante nove intervalos de idade diferentes. A pesquisa também identificou a ocorrência de doenças como câncer de pulmão e outros tipos relacionados ao cigarro, doença cardíaca, respiratória, entre outras.
Os resultados mostraram que durante o período de 6,4 anos cerca de 33,1% dos que não pararam de fumar morreram. A porcentagem era bem menor nos que nunca fumaram, com 12,1% de participantes mortos. Nos ex-fumantes, a probalidade de óbito variou de acordo com a idade em que largaram o vício.
No grupo dos que deixaram de fumar dos 30 aos 39 anos, a média de mortes foi de 16,2%. Entre os que pararam de consumir tabaco entre 40 e 49 anos, cerca de 19,7% morreram durante o período. A porcentagem foi de 23,9% e 27,9% entre os que pararam na faixa etária de 50 a 59 e 60 a 69, respectivamente.
“Esses dados mostram que a idade com que as pessoas começam e param de fumar, ambos componentes chave da duração do tabagismo, são importantes preditores de mortalidade entre americanos com 70 anos ou mais”, afirmou a pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer dos EUA, Sarah Nash, que coordena o estudo.
Os pesquisadores chegaram à conclusão dos benefícios de parar de fumar, independente de quão tardio seja o ato, a partir da análise dos dados de questionários aplicados em 2004 e 2005 pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos em 160 mil pessoas de 70 anos ou mais.
No documento, os participantes detalharam sua rotina, incluindo informações sobre o consumo de cigarros. Posteriormente, os cientistas analisaram os dados entre 2014 e 2015 e relacionaram a idade da morte dos indivíduos com a idade em que começaram e pararam de fumar, também averiguaram o quanto essas pessoas fumaram após os 70 anos.