Cascavel – A corrupção custa quase R$ 7 trilhões por ano à economia mundial, segundo um estudo do FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgado ontem. Para o Fundo, há um consenso crescente de que a corrupção pode causar graves danos ao crescimento econômico e à distribuição de renda.
A urgência é global em sua natureza, porque a corrupção é um problema que afeta tanto países desenvolvidos como em desenvolvimento, diz o estudo. O custo anual da corrupção é estimado em até US$ 2 trilhões (R$ 6,9 trilhões) com base em cálculos atualizados em 2015, o equivalente a 2% do PIB mundial. O FMI afirma, porém, que o custo econômico e social da corrupção é provavelmente ainda maior, já que propinas são apenas um aspecto das possíveis formas de corrupção.
O Brasil é citado como exemplo de como as investigações de desvios de fundos públicos podem desestabilizar o sistema político, o que aumenta a incerteza dos agentes econômicos e tem um impacto negativo nas decisões do consumidor.
O estudo também ressalta a dificuldades de acesso aos mercados internacionais de crédito para os países onde há altos níveis de corrupção e observa que o escândalo na Petrobras contribuiu para que o Brasil perdesse o selo de bom pagador das três maiores agências de classificação de risco, Moodys, Standard & Poors e Fitch.