Cotidiano

Crematório que já deveria estar pronto não saiu do papel

Avanços do projeto esbarraram em um decreto do Executivo, realizado no ano de 1989

Cascavel – Com a superlotação dos cemitérios de Cascavel, uma alternativa encontrada pela Secretaria de Meio Ambiente e empresários para desafogar os espaços foi a construção de um crematório no Município.

Várias reuniões, audiência pública, além de planejamento foram feitos para dar início ao processo. No entanto, o crematório, que já deveria estar pronto agora em dezembro, conforme os planos iniciais, sequer saiu do papel.

Os avanços do crematório esbarraram num decreto do Executivo, realizado no ano de 1989, na gestão do então prefeito Fidelcino Toletino, que municipalizou o processo de cremação.

“Enquanto esse decreto não for removido, não pode ter movimentação para criar o crematório. Todo o processo está parado, realmente não está andando”, comenta o gestor ambiental José Ferreira.

O decreto surpreendeu os envolvidos na construção do crematório, que não tinham conhecimento sobre ele, uma vez que não estava publicado.

“Como buscamos uma base legal, descobrimos isso já no andar dos processos. Como o decreto é municipal, a empresa e os técnicos envolvidos vão ficar no aguardo de um posicionamento do Executivo. Mas, por enquanto, está estagnado. Dependemos dessa revogação”, explica.

Crematório

Atualmente, os cemitérios Central e o São Luiz já não possuem áreas para venda. O Jardim da Saudade, ainda tem capacidade, mas limitada. A única segurança é o Cristo Redentor, que deve atender por cerca de oito anos.

Há cinco anos havia o registro de cinco cremações por ano saindo da região de Cascavel. Hoje, a média chega a 40 anualmente. A expectativa é que esse número aumente em 30% caso o crematório começasse a operar de fato para atender toda a população da região metropolitana de Cascavel.

Com a opção da cremação, os serviços cerimoniais funerários e de transporte, no entanto, continuarão sob responsabilidades da Acesc (Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Cascavel), que atualmente atende mensalmente cerca de 250 sepultamentos.