SÃO PAULO – Com orçamento um milhão de reais mais enxuto, a 12ª edição da Virada Cultural 2016, em São Paulo, conseguiu manter a programação e vai começar mais cedo este ano, além de envolver todas as subprefeituras da cidade. Na sexta-feira (20), das 17h às 23h, um happy hour vai acontecer no perímetro entre a avenida Ipiranga e a Praça da Sé, na região central da capital, com participação de artistas como Ná Ozetti e Arrigo Barnabé. Ney Matogrosso abre a programação no sábado (21), às 18h, no Palco Júlio Prestes, com participação de Alcione, Criolo, Nação Zumbi e da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro Isaac Karabitchevski. A programação completa pode ser conferida no site: http://www.viradaculturalpaulista.sp.gov.br.
Ao todo, serão 28 ruas abertas, oito bibliotecas municipais, nove centros culturais, sete teatros municipais, 11 casas de cultura, 16 Viradinhas (programação voltada especialmente para as crianças), dez Centros Educacionais Unificados (CEUs) e cinco palcos externos montados nos bairros: dois na Zona Sul, em Parelheiros e M?Boi Mirim; dois na Zona Leste, no Parque do Carmo e Jardim Helena; e um na Zona Norte, em Pirituba, com shows de bandas e artistas como Emicida, NX Zero, Nação Zumbi e Gaby Amarantos.
As apresentações de cantoras serão concentradas no Palco São João, com participação de Elba Ramalho, Elza Soares, Céu e Maria Rita. No Palco Samba, na Praça Princesa Isabel, dona Ivone Lara será homenageada com apresentação conjunta de Leci Brandão e Arlindo Cruz.
O prefeito Fernando Haddad chamou a atenção para a diminuição do número de palcos, na região central da cidade, por uma questão de segurança:
? Você refaz a logística em compasso com o conhecimento acumulado pela Polícia Militar e da Guarda Civil ? completou ele.
De acordo com o coronel Dimitrius Fyskatoris, da Polícia Militar, comandante de policiamento da capital, o efetivo da corporação empregado no evento serpa de mil homens durante os três dias.
Este ano, segundo a secretária de Cultura do Município, Maria do Rosário Ramalho, o orçamento total da Virada ficou em R$ 15 milhões, um a menos do que o destinado para o evento no ano passado. Foram investidos R$ 6,5 milhões em infraestrutura e R$ 8,5 milhões na programação:
? Conseguimos baixar o custo dos cachês fazendo uma realocação das atrações, o que nos permitiu otimizar os recursos ? explicou ela.
A maior parte desses recursos vieram dos cofres da Prefeitura, embora o edital para captação de recursos tenha se encerrado nesta sexta-feira.
? Temos um patrocinador, mas por enquanto não podemos anunciar quem é, justamente porque o edital fechou hoje ? completou.