CASCAVEL

Cabos “demais” e de “menos”

Entenda o problema dos cabos em Cascavel e as consequências para a segurança pública e a poluição visual da cidade - Foto: Luiz F. Max/SOT
Entenda o problema dos cabos em Cascavel e as consequências para a segurança pública e a poluição visual da cidade - Foto: Luiz F. Max/SOT

Cascavel e Paraná - Cascavel enfrenta um problema antigo e de difícil resolução que exige ação urgente e contínua. O excesso de cabos instalados nos postes da cidade tem causado poluição visual e ambiental, além de representar um risco à segurança pública, especialmente quando ficam soltos devido a diversos fatores. Em contrapartida, o furto de fiação, que ocorre em vários pontos da cidade, gera grandes transtornos e prejuízos tanto para o Poder Público quanto para a iniciativa privada.

Com o objetivo de encontrar soluções definitivas para o problema dos cabos soltos nas ruas, a Secretaria de Planejamento e Gestão de Cascavel organizou, nesta semana, uma audiência pública. O evento, de caráter deliberativo, contou com a presença de representantes da Copel, Transitar, empresas de telefonia e internet que atuam no município, além de vereadores e servidores municipais.

Durante a audiência, a Copel anunciou que iniciará, de forma imediata, ações para resolver a questão. A empresa apresentou um cronograma que prevê a remoção de cabos inativos a partir do dia 23 de junho, começando pela região central da cidade, especificamente na Rua Toledo. Em seguida, as intervenções seguirão para as ruas Assunção, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Vitória, com datas a serem definidas. A Copel contará com o apoio logístico da Prefeitura, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e da Transitar.

Um dos pontos principais discutidos foi a falta de manutenção preventiva por parte das operadoras, identificada como um dos maiores agravantes do problema. Também foi destacada a importância de ações contínuas e integradas para a remoção dos cabos em desuso.

Furto e Vandalismo

Outro ponto crucial abordado foi o aumento dos casos de vandalismo e furtos de fiação, que dificultam ainda mais os trabalhos das empresas. Representantes das operadoras e órgãos públicos destacaram a necessidade de uma postura mais rígida do Poder Judiciário no combate a esses crimes. O secretário Fernando Scalon enfatizou que, apesar da atuação da Polícia e da Guarda Municipal, o Judiciário frequentemente libera os infratores, que acabam retornando às ruas e cometendo novos atos de vandalismo. “Essa situação é recorrente. Por isso, decidimos criar uma comissão para discutir e buscar soluções junto ao Judiciário”, afirmou.

Ao final da reunião, ficou estabelecido que uma nova audiência será realizada em seis meses, com o objetivo de avaliar os progressos e resultados das ações implementadas por todas as partes envolvidas.