
O banco elevou, na quinta-feira, a taxa para 5,25%, para combater as pressões inflacionárias, motivadas principalmente pela queda do peso mexicano após a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos. A última vez que a taxa atingiu esse patamar foi em maio de 2009. Havia expectativa, contudo, que a elevação poderia ser maior.
? A inflação está crescendo e, por isso, um aumento de apenas 0,5 ponto percentual pode não deter o impacto da depreciação do peso ? avalia Jakob Christensen, chefe de pesquisa de mercados emergentes no Deutsche Bank
Carstens, por outro lado, disse que o aumento foi ?significativo?, em uma entrevista a uma emissora de rádio. Para o presidente, há espaço para valorização da moeda nacional, que enfrenta uma redução de 18%, frente ao dólar, desde o início do ano.
O México deve ser um dos países mais afetados pela vitória de Trump, já que o republicano, durante sua campanha, prometeu rever acordos comerciais e combater a imigração ilegal.
De acordo com um documento obtido pela CNN, o republicano pretende iniciar o processo de saída do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) logo em sua primeiro dia no cargo.