Cotidiano

Aumento do ICMS traz más e boas notícias para economia do Paraná, afirma Abrabar

Aumento do ICMS traz más e boas notícias  para economia do Paraná, afirma Abrabar

Curitiba – A Assembleia Legislativa do Paraná concluiu nesta semana, antes de recesso parlamentar de fim de ano, o pacote do Governo do Estado que reajustou alíquotas do ICMS de 19% para 19,5% no modal de transporte, de 18% para 19,5% dos serviços de comunicação, de 18% para 19% sobre energia elétrica e de 17% para 17,5% para água mineral, bebidas alcoólicas, produtos de tabacaria e joalheria. A única compensação positiva favorece pessoas físicas e jurídicas na redução do imposto sobre o gás natural.

Os reajustes, segundo a Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas) e a Feturismo (Federação de Turismo do Paraná), vão impactar e provocar aumento dos preços de diversos serviços e produtos a partir do ano que vem e tem provocado reações dos setores e segmentos que serão afetados. “O ideal seria que o governo do Paraná mirasse o exemplo de Santa Catarina, que não vai mexer em nada”, afirma Fabio Aguayo, representante das entidades filiadas a CNTur (Confederação Nacional do Turismo).

“O projeto que reajustou as alíquotas do ICMS trouxe más e boas notícias para a economia do Paraná, podemos assim dizer”, ressalta Aguayo. O estado, segundo as entidades, vive uma peculiaridade de estar em uma tríplice fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina, o que incentiva o contrabando e o descaminho.

“Qualquer aumento de imposto ou percentual, impacta na invasão de produtos e mercadorias de outros estados ou países e a sonegação, especialmente nos produtos que comercializamos e usufruímos para o nosso funcionamento”, afirmou Fábio Aguayo. E completou: “Por isso, somos contra aumentos de impostos, prática que só alimenta a concorrência desleal e a competitividade de produtos descaminhados”.

 

“Lado positivo”

O lado positivo do pacote, na avaliação da Abrabar e Feturismo, é a mudança do ICMS sobre o gás natural, que caiu de 18%, para 12%. “Este item do pacote poderá impactar positivamente nas atividades de milhares de usuários do transporte de passageiros com uso de aplicativos, principalmente para o nosso setor de gastronomia, que utilizado muito atualmente”, disse. A mudança, ainda segundo Aguayo, contempla também os trabalhadores de entrega alimentos (delivery), taxistas, motoristas de aplicativos, população que usa gás natural para aquecer chuveiros, entre outros.