Cafelândia – Um incêndio de grandes proporções foi registrado na noite de quinta-feira (22), no complexo industrial da Copacol, em Cafelândia, município distante cerca de 55 quilômetros de Cascavel. Em poucos minutos, vídeos gravados por colaboradores e vizinhos da cooperativa se disseminavam nas plataformas digitais.
Devido a algumas explosões, todos temiam por uma tragédia ainda maior por conta da amônia, um dos principais elementos químicos utilizados no processo de resfriamento da carne.
A amônia é um gás inflamável e no estado gasoso, pode formar compostos inflamáveis ou potencialmente explosivos no ar seco. Além do mais, o contato da pele com amônia pode provocar severas queimaduras nos olhos e pele e extensas queimaduras podem causar a morte.
A equipe de reportagem do Jornal O Paraná questionou o Departamento de Comunicação da Copacol sobre os riscos de vazamento da amônia e se o episódio vai comprometer a produção e abate de aves da cooperativa, seja de maneira parcial ou total. Pela nota encaminhada à imprensa, a Copacol informou que “não houve vazamento de amônia”. Sobre uma provável interferência na linha de produção, a assessoria respondeu que “no momento não há posicionamento sobre os demais assuntos”.
A nota na íntegra diz o seguinte: “Informamos que o incêndio registrado nesta quinta-feira (22/08) na Unidade Industrial de Aves, em Cafelândia (PR), foi controlado. O primeiro foco foi identificado às 20h30, quando a estrutura foi imediatamente evacuada e os colaboradores dispensados para retornar às suas casas em segurança. Além da Brigada de Incêndio da Cooperativa, o Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou o controle do foco no início da madrugada desta sexta-feira (23/08). Não houve vazamento de amônia, nem feridos durante a ocorrência”.
Controle
As causas do incêndio ainda serão investigadas. O plano de evacuação da Copacol foi rápido e eficiente. Em poucos minutos, todos os colaboradores estavam seguros e longe das chamas. Para controlar o incêndio, foi necessária a intervenção de 30 homens entre bombeiros militares, brigada de incêndio da cooperativa e bombeiros civis. Foram utilizados sete caminhões-pipa e três caminhões da Copacol. Os trabalhos invadiram a madrugada de sexta-feira e levaram cerca de quatro horas. Foram utilizados 100 mil litros de água.
No começo da manhã de sexta-feira, o temor era pelo vazamento da amônia. Alunos de um CMEI localizado nas proximidades da cooperativa foram transferidos para outra instituição de ensino e moradores das redondezas deixaram suas casas, com medo do vazamento da amônia.