Após o uso, o destino do óleo lubrificante do seu carro deve ser só um: o rerrefino! Um processo que, de forma simplificada, significa realizar a reciclagem do resíduo, garantindo a sua reutilização de forma sustentável.
Quando o descarte do óleo lubrificante usado não ocorre corretamente, gera sérios impactos ambientais, como a contaminação do solo, da água e do ar.
Lei para descarte
A legislação brasileira obriga o envio do óleo coletado para a reciclagem. Isto é, o rerrefino, evitando a necessidade de extração de novos recursos finitos, uma vez que a matéria prima do óleo lubrificante é o petróleo, e promovendo a economia circular.
Volume
Você sabia que, no Brasil, cerca de 500 milhões de litros de Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC) são coletados corretamente a cada ano?
Mas, antes de discutir as consequências desse desafio, é importante entender como funciona o ciclo sustentável do óleo lubrificante:
Coleta
O processo circular começa com a coleta legal do OLUC, realizada por empresas especializadas e autorizadas. Essas empresas seguem rigorosos padrões de segurança e logística reversa para garantir o descarte legal do óleo, sem causar danos ao meio ambiente. A coleta adequada é fundamental para evitar a contaminação do solo, preservando os ecossistemas.
Rerrefino
Depois da coleta, o óleo é encaminhado para o rerrefino, uma etapa essencial para sua reutilização. A Lwart Soluções Ambientais, uma indústria 100% brasileira com sede em Lençóis Paulista/SP, é referência mundial em economia circular, por realizar o rerrefino. A empresa coleta um total de 220 milhões de OLUC em 92% do território nacional.
Ademais, a reciclagem por meio do rerrefino é um processo em que o óleo é transformado para remover impurezas, sem gerar resíduos. O resultado é o óleo básico de alta qualidade (GII), matéria prima na fabricação de lubrificantes com qualidade igual ou superior ao produto de primeiro refino. Hoje, a Lwart é, inclusive, a única produtora do óleo básico GII da América Latina.
Óleo básico
O óleo básico produzido pelo rerrefino atende aos mesmos padrões de qualidade dos óleos novos. Isso porque, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o óleo rerrefinado deve cumprir especificações técnicas que garantem sua qualidade e eficiência. Além disso, a ANP define que podem utilizar o óleo básico produzido pelo rerrefino na fabricação de lubrificantes, atendendo às exigências para aplicações automotivas e industriais.
Última etapa
Quando estão prestes a retornar ao mercado como novos produtos, adicionam ao óleo aditivos que melhoram suas propriedades, como resistência ao desgaste e proteção contra oxidação, preparando-o para diversas aplicações nos setores automotivo e industrial.
Portanto, de acordo com a AMBIOLUC (Associação Brasileira de Coleta, Armazenagem e Destinação Final de Resíduos de Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado), apenas um litro de óleo descartado de forma incorreta pode contaminar até 1 milhão de litros de água, causando danos irreversíveis ao meio ambiente.