
Paraná - Ao participar da mesa redonda sobre o Cooperativismo do Sul, juntamente com a Basf, Fecoagro e Ocesc, como parte do evento Cada Vez +Basf, evento realizado em Foz do Iguaçu em celebração ao Ano Internacional do Cooperativismo, o superintendente da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), Engenheiro Agrônomo Robson Mafioletti, aproveitou a oportunidade para mostrar o motivo de o setor cooperativista paranaense ser modelo não só para o Brasil, mas também para o mundo.
Mafioletti iniciou a sua explanação apresentado números do cooperativismo paranaense em 2024. As 227 cooperativas dos mais diferentes ramos no Estado, respondem pela geração de 146 mil empregos, resultando em um faturamento de R$ 205,6 bilhões e resultados líquidos de R$ 10,8 bilhões. Ao todo, são 4,01 milhões de cooperados, totalizando um investimento na ordem de R$ 6,8 bilhões.
Das 227 cooperativas, a maioria corresponde ao segmento agropecuário (62). Em seguida, crédito (54); saúde (36); transporte (31); infraestrutura (21); trabalho, produção de bens e serviços (16) e consumo (7).
Dentro de um cenário de projeções do Plano Paraná Cooperativo, o desafio até 2023, é chegar a um faturamento de R$ 501 bilhões como parte de um prognóstico realista e R$ 583 bilhões em um cenário otimista. Para ser ter uma dimensão da importância do setor cooperativista para o Paraná, as cooperativas são as maiores empresas em mais de 130 dos 399 municípios paranaenses.
Perfil das propriedades
O perfil do produtor rural cooperado é o seguinte: Em média, as propriedades contam com até 48 hectares. Às com menos de 10 hectares, correspondem a 46% e de 10 a 100 hectares, o mesmo percentual. Em suma, 92% dos imóveis rurais no Paraná têm menos de 100 hectares.
O setor cooperativista paranaense congrega ainda 3.720 profissionais das áreas técnicas. São 2.495 Engenheiros Agrônomos; 492 veterinários e zootecnistas; 98 outras especialidades e 635 estagiários e trainees.
As cooperativas são responsáveis por um percentual considerável de toda a produção estadual, com 68% da soja; 69% do milho; 69% do trigo; 43% do leite; 46% de suínos; 48% de frango e 30% do peixe. Somente de grãos, as cooperativas participam com cerca de 65% e 45% da produção de carnes e lácteos do Paraná.
Principais desafios do cooperativismo
Um dos principais desafios do cooperativismo, na ótica de Mafioletti, é manter o legado do homem do campo de forma a perpetuar nas lavouras as próximas gerações. “Para que isso ocorra, é precisa que o agro seja rentável e viável”, aponta. A conectividade rural é outro ponto fundamental para tornar o agro atrativo para os jovens. “Ninguém quer ficar isolado. Por isso, a necessidade de uma estrutura tecnológica presente no meio rural”. Programas de formação e engajamento também são considerados relevantes. O superintendente da Ocepar destacou ainda a programação desenvolvida pela Basf. Segundo ele, a empresa é uma das principais parceiras do setor cooperativista do Estado e do Brasil.